segunda-feira, 10 de setembro de 2012

JACK THE STRIPPER (LONDRES, 1964 A 1965)


JACK THE STRIPPER (LONDRES, 1964 A 1965)
Jack the Stripper (nome dado às garotas de programas que dançam em boates) foi o codinome dado a outro assassino em série que atacou entre 1964 e 1965. O caso também ficou conhecido como os Assassinatos de Hammersmith, um centro urbano na zona oeste de Londres.
JACK THE STRIPPER (LONDRES, 1964 A 1965)


Não se deixe levar pelo nome do caso. Não se trata de nenhuma paródia sobre o Estripador nem alguma alusão a uma dançarina chamada Jackie, mas sim um caso que assombrou Londres durante o final da primeira metade da década de 1960. A repercussão foi um tanto abafada pela avalanche de coisas que aconteceram quase ao mesmo tempo nos Estados Unidos, mas o caso ficou tão estranho e sem sentido quanto o caso original.

Jack the Stripper (nome dado às garotas de programas que dançam em boates) foi o codinome dado a outro assassino em série que atacou entre 1964 e 1965. O caso também ficou conhecido como os Assassinatos de Hammersmith, um centro urbano na zona oeste de Londres.

E por que o nome de Jack? Bem, a ligação com os crimes do Estripador torna-se óbvia quando analisamos os detalhes do caso. Foram oficialmente seis prostitutas oficiais (oito na versão alternativa) que foram as vítimas do maníaco. Seus corpos nus foram descobertos em várias localidades da cidade ou no próprio rio Tamisa.

As vítimas oficiais foram reconhecidas como Hannah Tailford, Irene Lockwood, Helene Barthelemy, Mary Flemming, Margaret McGowan e Bridget "Bridie" O"Hara, todas encontradas em condições similares. Os fãs de Alfred Hitchcock devem reconhecer as similaridades do caso que foram exploradas pelo mestre do suspense em seu filme Frenesi, de 1972.

Eis as condições das vítimas: todas foram mortas por asfixia, encontradas nuas, exceto por suas meias. Os corpos foram preservados próximos a fontes intensas de calor e havia pintas de pinta em quatro delas. Acredita-se que as mortes foram provocadas usando uma atadura retirada das roupas das vítimas, algo que leva a crer que as vítimas se sufocaram quando estavam expostas às partes íntimas do assassino. Hoje se sabe que esse último detalhe já faz parte de uma série de boatos que alimentaram o mito do "stripper".

Há dois casos, entretanto, que levantam alguma dúvida, os das prostitutas Elizabeth Figg e Gwyneth Rees, que foram estranguladas manualmente. Porém ambas foram encontradas nuas, usando apenas as meias e com as peças íntimas alojadas nas gargantas.

Há alguns boatos que circulam até hoje de que o Superintendente do caso, John Du Rose, da Scotland Yard, responsável pelo caso, foi de alguma forma o responsável pelo fim dos crimes. Depois de entrevistar cerca de sete mil suspeitos ele anunciou numa coletiva que a policia britânica tinha naquele momento cerca de 20 suspeitos. Depois de um tempo, ele anunciou novamente que havia reduzido o número para apenas 10 suspeitos e, por fim, três. O assassino não atacou novamente depois da coletiva inicial.

"Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É UMA COISA FEIA, PERVERSA, que eu NÃO CONSIGO CONTROLAR."

FRANCISCO DE ASSIS PEREIRA, O MANÍACO DO PARQUE

O CERCO SE FECHA


Pesquisador do caso, o escritor britânico Anthony Summers afirma que duas das vítimas, Hannah Tailford e Frances Brown, a terceira e a sétima pela ordem, eram ligadas a um outro caso, o do Profumo, ocorrido em 1963 no Reino Unido, no qual o então Secretário de Estado para a Guerra, John Profumo, teve relação com uma garota de programa chamada Christine Keeler e mentiu sobre o assunto quando foi interrogado na Câmara dos Comuns. O escândalo fez com que Profumo abdicasse do cargo e manchou profundamente a reputação do governo do primeiro-ministro Harold MacMillan. Também contou o fato de que algumas das vítimas eram conhecidas no meio do cinema pornográfico. Vários outros pesquisadores afirmam que as vítimas conheciam umas às outras, o que levou à especulação de que o assassino também seria do mesmo meio.

Da mesma maneira que no caso do Estripador, os crimes do Stripper cessaram por si mesmos, e havia pouquíssimas pistas possíveis de serem investigadas. Embora sua identidade ainda seja desconhecida, há quem faça o mesmo que Patricia Cornwell e se lance em pesquisas para levantar suas próprias teorias. O escritor britânico Donald Rumbelow, também ripperologista, afirma que o Stripper pode ter sido um jovem que cometeu suicídio na parte sul de Londres. Esse suspeito, um dos favoritos de Du Rose, era um guarda de segurança num edifício de uma grande companhia que tinha uma loja de tinta onde, acredita-se, um dos corpos foi oculto após o crime. Embora nunca tenha havido nenhuma evidência sólida que o ligasse aos crimes, sua família não encontrou explicação para seu suicídio. Na nota que ele deixou uma mensagem misteriosa: "não sou capaz de agüentar mais a pressão".

Também há a possibilidade do suicídio deste suspeito ser apenas uma maneira de distrair a atenção do verdadeiro assassino. Da mesma maneira que no caso do Estripador, com o principal suspeito morto e as mortes cessadas, fazia sentido presumir que se tratava da mesma pessoa, o que fez com que a polícia encerrasse suas investigações.
  Web site: cantodooraculo.wordpress.com/2010/06/25/artigo-crimes-insoluveis/  Autor:   cantodooraculo.wordpress.com/2010/06/25/artigo-crimes-insoluveis/

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