sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Marcelo Costa de Andrade - Vampiro de Niteroi

Material do Psicologia Assassina


Marcelo Costa de Andrade "Vulgo Vampiro de Niteroi" nasceu no Rio de Janeiro em 2 de janeiro de 1967, na favela da Rocinha. Teve uma infância extremamente infeliz. O pai bebia muito e era uma pessoa nervosa. A mãe era calma e pacata; trabalhava em casas de família para ajudar no orçamento.
O casal se separou quando o menino tinha 5 anos, e de comum acordo levaram-no para morar com os avós maternos; num açude chamado Sangradouro na cidade de Sobral, no Ceará.
Marcelo chorou muito por causa da separação, sem entender por que não via mais pai, mãe e irmãos. Até aquela data, nem sequer tinha convivido com os avós. Depois de algum tempo, acabou se acostumando com a nova vida.
Desde a infância, tinha alguns problemas que já se manifestavam: frequentes sangramentos pelo nariz, visão de vultos e fantasmas durante a noite e vários ferimentos na cabeça, provocados por surras com cabo de vassoura ou correia, quedas e acidentes.
Na escola o chamavam de retardado e burro. Ele mesmo tinha vontade de internar-se em um hospital para que verificassem seu cérebro, mas nunca foi examinado ou tomou medicamentos. Não conseguia prestar atenção à aula, não conseguia acompanhar os estudos e não conseguia passar de ano. O máximo que conseguiu foi ser alfabetizado e aprender contas matemáticas simples. Nas horas livres nadava, pescava, matava gatos.
Aos 10 anos de idade, a mãe foi buscá-lo em Sobral. Ele mal se lembrava dela, e outra vez ficou desesperado com a nova separação que enfrentou. Foi morar em São Gonçalo com a família da mãe, que agora tinha um novo membro: o padrasto Neves.
Nessa fase da vida, Marcelo gostava de assistir aos desenhos animados na televisão e de ler gibis. Seus personagens preferidos eram Pica-pau, Mickey, Tio Patinhas e Os Trapalhões. No domingo não perdia o Fantástico.
Também foi apresentado à umbanda e ao candomblé pelas mãos de Neves, que era médium de terreiro. Ficou muito impressionado com as possessões e oferendas para as diversas entidades poderosas que assistiu “descerem” no centro espírita.
Nos poucos meses em que morou com a mãe, as brigas do casal eram mais que frequentes. Cada vez que ela saía de casa, levava o filho junto. Mais uma vez Marcelo fazia a mala, para retornar novamente quando o casal voltava às boas. O casamento da mãe não deu certo e ela arrumou um trabalho de doméstica para dormir no emprego. Marcelo foi morar com o pai, a madrasta e os filhos do casal, em Magalhães Bastos. O esquema também não funcionou: o casal brigava muito principalmente por causa de Marcelo, que se sentia um estranho no ninho. O menino era o que se podia chamar de esquisito. Ria à toa, sem motivo, tinha poucos amigos e era bastante isolado e ridicularizado. Essas mudanças frequentes de casa também não ajudaram no seu desempenho escolar e socialização, que voltavam para a estaca zero nessas idas e vindas. O pai e a madrasta resolveram que era melhor para todos internar Marcelo numa casa de meninos em Engenho Novo, de onde acabou fugindo.
Ainda criança, Marcelo passava longos períodos na rua. Partiu para a Central do Brasil, onde dormia nos intervalos fora de casa. Passou a ser abusado sexualmente por adultos e aprendeu a ganhar dinheiro se prostituindo. Ao ouvir falar de um lugar chamado Cinelândia, ficou encantado com a semelhança desse nome com a Disneylândia, cidade onde moravam seus personagens de ficção favoritos. Mudou-se definitivamente para lá aos 13 anos. A partir daí, não voltou mais para casa, exceto para visitas irregulares.
São várias as internações na Febem e na Funabem nessa época de sua vida. Tinha uma compulsão por viajar para lugares distantes e, com o dinheiro que ganhava vendendo sexo, pegava ônibus e carona pelo Brasil. Algumas vezes foi para o Nordeste procurar a casa da avó com quem havia morado, mas a infantilidade de seus planos o levaram para outras paradas. Entre seus sonhos de viagem estavam Israel, Rússia, Montevidéu (onde afirma ter estado) e Buenos Aires, além da Disneylândia, logicamente. Quando chegava a um destino e o dinheiro acabava, aproveitava-se de sua situação de menor de idade, procurava uma instituição governamental e conseguia que esta o “devolvesse” para a Funabem do Rio de Janeiro, de onde fugia, recomeçando todo o ciclo novamente, ganhando dinheiro da prostituição, saindo da cidade e assim por diante.
Aos 16 anos iniciou um longo relacionamento com um homem mais velho. Aos 17 tentou violentar seu irmão, então com 10 anos.
Nessa época resolveu voltar sozinho para o Ceará. Queria encontrar os avós novamente. Andou por Feira de Santana, Salvador e Vitória, onde acabou preso no juizado de menores durante um mês e foi mandado de volta para o Rio de Janeiro. Mesmo assim, não desistiu de encontrar os avós. De carona chegou ao açude de Sangradouro, mas só encontrou uma tia em lua de mel, que aproveitou para maltratá-lo sem parar, irritada com a chegada daquele estranho rapaz. Marcelo fugiu novamente, depois de furtar a tia, como vingança pelo tratamento que recebeu. Retornou ao Rio de Janeiro e foi encaminhado pela Funabem Quintino para morar com o pai.
Ele também não aceitou o filho, que voltou a se prostituir e a viver nas ruas. Marcelo conheceu então um senhor de 48 anos por quem se apaixonou e foi morar com ele em um quarto alugado. Morou ali durante quatro anos, até que o companheiro resolveu se mudar para Salvador. Nem foi mencionada a possibilidade de levar o rapaz com ele.
Quando completou 23 anos, sem ter mais a companhia e proteção do amante, Marcelo mudou-se para Itaboraí com sua família. Voltou para a casa da mãe e arrumou um emprego temporário na distribuição de panfletos para venda de ouro e prata. Achava que vender ouro era muito mais importante do que vender balas. Marcelo mudava constantemente de trabalho, não conseguia estabilizar sua vida profissional, apesar de não beber, não fumar e não usar drogas. Também era filiado a Igreja Universal do Reino de Deus e passou a ir à missa quatro vezes por semana.

Suspeitas da família
A mãe começou a estranhar certos comportamentos dele, como a verdadeira obsessão por revistas que mostravam fotografias de crianças, principalmente as de olhos azuis, e as roupas sujas de sangue com as quais algumas vezes voltava para casa. Também não entendia a coleção de bermudas infantis que o filho guardava numa caixa de isopor, dentro do armário. Apesar de sua risada estranha, Marcelo parecia uma pessoa normal, e ela não podia sequer imaginar a trilha de terror que o rapaz estava traçando.

Os Crimes, o julgamento e a internação
Em 1991 Marcelo começou a matar. Ele atraía suas vítimas, meninos de rua com idade entre 5 e 13 anos, oferecendo um prato de comida, doces, lanche ou dinheiro. Sua área de ação era a BR-101 (que liga sul e nordeste do Brasil), nas imediações de Niterói.
Marcelo matou 13 meninos, num período sanguinário que durou nove meses. Em uma ocasião, decapitou um dos garotos; em outra, esmagou a cabeça de sua vítima. Marcelo não dizia ser vampiro, apenas bebia o sangue de suas vítimas para, segundo ele, “ficar tão bonito e puro quanto elas”.
Marcelo Costa de Andrade foi considerado pessoa com traços psicopáticos de personalidade, provavelmente como consequência de sua infância abandonada. Segundo os psiquiatras que o avaliaram nos vários laudos de incidentes de sanidade mental ao longo de sua internação, não era totalmente capaz de entender o mal que fazia. Era frio e não tinha capacidade de se controlar. Foi diagnosticado deficiente mental, doente mental grave que reúne esquizofrenia e psicopatia, portador de distúrbios comportamentais (perversão da conduta) oriundos da convergência de transtornos mentais (oligofrenia + psicopatia).
Marcelo Costa de Andrade foi absolvido pela Justiça por ser inimputável e enviado ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, no Rio de Janeiro, para tratamento por tempo indeterminado.
Ali, durante sua internação, comandava os bailes de forró nas tardes de sábado, como DJ. Segundo os médicos, essa atividade fazia parte de seu tratamento psiquiátrico. Tinha comportamento calmo e exemplar, apesar de sempre dizer que ainda ouvia vozes que ordenavam que ele “mandasse crianças para o céu”.
Em 24 de janeiro de 1997, fugiu do hospital quando um guarda deixou um portão aberto durante o banho de sol dos pacientes. Em 5 de fevereiro, foi recapturado na cidade de Guaraciaba do Norte, Ceará. Conforme seu depoimento visitaria o pai e depois seguiria para Israel, a “Terra Prometida”.
Marcelo foi encontrado por meio de uma denúncia anônima, segundo a qual um individuo semelhante a ele estava circulando pela cidade. Ali realmente morava o pai de Marcelo, Manoel. De acordo sua mãe, Maria Sonia, Marcelo já havia fugido para lá quando escapara de uma instituição para menores, anos antes. A polícia montou vigilância em frente à casa até prender o procurado assassino. Marcelo reagiu a prisão, mas estava desarmado. Só carregava uma bíblia e artigos de higiene pessoal. Chegou sujo, malcuidado e com delírios místicos.
Os exames de cessação de periculosidade são previstos no Código Penal e devem ser realizados anualmente em todos os pacientes que cumprem medida de segurança. Essa avaliação é enviada ao juiz da Vara de Execuções Penais, que pode ou não seguir as recomendações dos peritos. Em todas as avaliações, os peritos atestaram que Marcelo Costa de Andrade não tinha condições mentais de ser desinternado. Nenhum juiz discordou.
Em 2003 foi transferido para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Henrique Roxo, em Niterói, sem previsão de libertação.

Mais uma possível vítima
Em julho de 1991, Marcelo Costa de Andrade confessou que, depois de receber seu fundo de garantia, viajou para Belo Horizonte. Na rodoviária da capital mineira, encontrou um menor abandonado, pelo qual sentiu forte atração. O criminoso tentou levar o garoto para o Rio de Janeiro, mas foi impedido pelo juizado de menores da cidade, que não permitiu que o menor entrasse no ônibus. Marcelo levou o menino de 9 anos para um horto florestal, onde o matou. Contatos foram feitos com a polícia de Minas Gerais, na época, para esclarecimentos, que permanecem desconhecidos.

Material do blog amigo Mundo Mau

Marcelo Costa de Andrade é conhecido como o “Maníaco” ou “Vampiro” de Niterói. Ele, um garoto com cara de filhinho de papai de aparência inofensiva, é na verdade um psicopata religioso, um dos mais famosos seriais killers do Brasil. Filho de imigrantes pobres do Nordeste, Marcelo cresceu na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Ele viveu sem água corrente e apanhava regularmente do seu avô, do seu padrasto e da sua madrasta. Quando tinha 10 anos foi abusado sexualmente. Aos 14 começou a se prostituir para viver. Ele foi enviado para um reformatório, mas escapou. Aos 16 anos ele começou um relacionamento homossexual com um homem mais velho. Aos 17 anos tentou estuprar seu irmão de 10 anos. Quando ele tinha 23 anos terminou sua relação homossexual e ele voltou a morar com sua mãe e seus irmãos que se mudaram para Itaboraí, cidade próxima a São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Lá encontrou emprego distribuindo panfletos de uma loja do bairro de Copacabana. Ele também entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus e começou a ir à igreja quatro vezes por semana. Apesar de algumas idiossincrasias e seu estranho e incoerente sorriso, sua vida parecia normal. Isto é, até Abril de 1991, quando aos 24 anos, ele começou a matar.Ao longo de um período de nove meses Marcelo registrou 14 mortes. Suas vítimas eram meninos de rua que ele atraia para áreas desertas, estuprava e estrangulava. Ele também praticava necrofilia, decapitou um dos meninos, esmagou a cabeça de outro, e, em duas ocasiões, bebeu o sangue das vítimas. Mais tarde, ele confessou que sua sede vampírica foi simplesmente para "tornar-se tão bonito quanto os meninos”. Violência no Rio é comum e a contagem de corpos por dia é tão grande que as autoridades nunca suspeitaram que o crescente desaparecimento de meninos pudesse ser trabalho de um serial killer. Geralmente eles são vítimas de grupos de extermínio. Andrade confessou: "Eu preferia garotos porque eles são melhores e tem a pele macia. E o pastor disse que as crianças vão automaticamente para o céu quando morrem antes dos treze. Então eu sei que eu fiz um favor os enviando para o céu". Em dezembro de 1991 sua matança chegou ao fim quando ele "se apaixonou", pelo garoto de dez anos Altair de Abreu e poupou sua vida. Marcelo encontrou o jovem e seu irmão de seis anos de idade Ivan no terminal de ônibus de Niterói. Ele lhes ofereceu dinheiro para ajudar a acender velas para um santo na igreja de São Jorge. O sobrevivente à polícia: "Nós estávamos indo para uma igreja, mas como quando estávamos atravessando um terreno vazio, Marcelo virou Ivan e de repente começou a estrangulá-lo. Fiquei com tanto medo que eu não consegui fugir. Eu vi com atenção o horror, lágrimas escorriam pelo meu rosto, como ele matou e estuprou meu irmão. Quando ele tinha acabado com Ivan, ele se virou para mim, me abraçou e disse que me amava". Então ele convidou Altair para morar com ele. Assustado com a morte do irmão, o rapaz concordou em passar a noite com Marcelo no meio de arbustos. Na manhã seguinte, o assassino e o levou seu amado Altair para trabalhar com ele. Quando chegaram o escritório estava fechado. O jovem aterrorizado conseguiu escapar. Ele pegou uma carona no caminho de volta para casa e disse à sua mãe que tinha se perdido de seu irmão. Alguns dias depois, pressionado por sua irmã, o menino disse a verdade. Enquanto isso Marcelo, um assassino verdadeiramente atencioso, voltou à cena do crime para colocar as mãos de sua vítima dentro da cueca ”para que os ratos não pudessem roer os seus dedos”. Quando a família de Ivan foi à polícia, Marcelo, que manteve a sua rotina diária, foi preso calmamente na loja onde trabalhava no Rio de Janeiro. "Eu pensei que você ia vir ontem", disse aos policiais. Inicialmente, a polícia pensou que o assassinato de Ivan era um caso isolado. No entanto, dois meses depois, a mãe de Marcelo foi chamado para depor sobre o estranho comportamento de seu filho. Uma noite, ela disse, ele saiu de casa com um facão "para cortar bananas". Ele retornou na manhã seguinte sem bananas. Em poucos dias Marcelo confessou 14 assassinatos e levou a polícia aos restos mortais de suas outras vítimas. Ele perguntou para policiais, se alguma vez pelo mundo, houve algum caso como o dele e disse que matou porque gostava dos meninos e não queria que eles fossem para o inferno. Marcelo chegou a ser internado em um hospital psiquiátrico, mas hoje ele está na cadeia. Em fevereiro de 1997, Marcelo fugiu da cadeia e foi encontrado 1 dia depois no Ceará. Certa vez acreditavam que ele pudesse ter matado uma 15 vítima, dessa vez uma garota, mas, Marcelo disse que não matou nenhuma garota porque nunca gostou de garotas e que matar não adiantava, porque elas não iriam para o Céu de maneira nenhuma.

Em 1992 a Revista Veja publicou uma edição especial sobre esses acontecimentos.

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