domingo, 26 de agosto de 2012

RICHARD SPECK


Material do blog O Serial killer

R. BENJAMIN S.; 06/12/1941 – 05/12/1991; americano
Richard Speck não é um serial killer, isto é, um assassino em série. Entretanto, colocamos neste site sua história porque é bem interessante. Richard Speck matou várias futuras enfermeiras – de uma só vez. Richard Speck é um assassino em massa, um “mass murder“.

Richard Speck

RICHARD SPECK, NASCIDO PARA FAZER O INFERNO CRESCER

Richard Speck, serial killer
Richard Speck, matou 8 enfermeiras
Richard Speck nasceu no estado de Illinois, nos Estados Unidos, em 1941. Foi o sétimo de oito filhos.
Cresceu no meio de uma família religiosa. Sua mãe era contra cigarros, bebidas… Quando Speck tinha seis anos, seu pai, que ele gostava muito, faleceu. Sua mãe casou-se novamente e mudou-se com a família para uma cidade perto de Dallas, no Texas. O novo marido bebia muito, agredia o enteado e, de vez em quando, desaparecia.
Richard não tinha boas notas na escola, e começou a beber aos 12 anos. Tinha dores de cabeça freqüentes, talvez em decorrência de alguns traumatismos cranianos.
Na adolescência, faltava às aulas, envolveu-se com garotos mais velhos e conheceu maconha, calmantes etc.
Aos 19, foi fazer uma tatuagem, mas estava sem idéias e aceitou a sugestão do tatuador, escrevendo “Born to raise Hell” (“Nascido para fazer o Inferno crescer”) no braço.
Richard Speck logo teve passagens policiais por roubo e outros crimes. Sua família sempre resgatava-o, pagando a fiança.
Em 61, Richard Speck engravidou uma garota que havia conhecido há pouco tempo. Casaram-se. Apesar de ter passado por alguns empregos, Speck continuou com o álcool, com as prostitutas, e maltratava a esposa. Quando sua filha nasceu, ele estava preso. Depois de solto, manteve um comportamento sexual compulsivo com a esposa.
Em 65, acusado de uma tentativa de estupro e homicídio, Richard Speck alegou estar bêbado e não lembrar-se; mas, assumindo a culpa, conseguiu redução da acusação para roubo com agravantes – e ficou mais cinco meses preso. A esposa pediu o divórcio.
Speck tentou voltar à sua terra natal, “em busca da infância perdida”. Mas não teve sucesso nisto, especialmente após saber que sua ex-mulher já havia casado novamente. Speck foi para Chicago.

O MASSACRE DE CHIGAGO

Richard Speck matou oito estudantes de enfermagem, do Hospital Comunitário do Sul de Chicago, em 14 de julho de 1966. Ele tinha, então, somente 24 anos. Apenas uma moça presente sobreviveu (Cora Amurao), escondendo-se debaixo da cama. Quando ele foi embora do alojamento, ela saiu gritando na rua, às cinco da manhã: “Oh, meu Deus, estão todas mortas!”
Gloria Davy tinha as mãos amarradas para trás e uma tira de roupa esganava seu pescoço. No andar de cima estavam as outras sete, empapadas em sangue, algumas em modo semelhante: enforcadas, as mãos amarradas. Uma estava enforcada com sua meias-calça branca de enfermeira – além disto, tinha 18 facadas, no peito e pescoço. Outra tinha um travesseiro cobrindo parcialmente seu rosto, mas estava nua e suas pernas estavam bem abertas. Outra, o olho foi perfurado com a faca.
O primeiro oficial que chegou à cena não conteve a emoção, e falava pelo rádio: “Ajuda! Ajuda! Ajuda! Oh, meu Deus, eu nunca vi nada como isso aqui…”. O repórter policial que lá chegou, que já havia coberto até um acidente de avião, também se assustou e vomitou. Os policiais que chegaram em seguida fizeram o mesmo.
vítimas de Richard Speck
Polícia recolhe corpos de vítimas de Richard Speck
Ao sair do alojamento das enfermeiras, Speck foi comer. Notaram, no estabelecimento, que aquele homem estava estranho, agitado.

A CAÇADA AO ASSASSINO

A polícia começou imediatamente uma busca na área. A sobrevivente falou que o agressor tinha sotaque sulino e fez uma descrição física simples dele. A polícia procurou em hotéis da redondeza, mas não o encontraram.
Por volta de 10h30 daquele dia ainda, Richard Speck chegou a um bar. Limpo. E começou a conversar com o garçom, conhecido seu. Comprou deste, de volta, um relógio que tinha lhe vendido. E pediu que ele guardasse uma faca que trazia – não era a usada no crime. E começou a falar alto uma história sobre ter ido ao Vietnã, e sobre quantas pessoas matou lá com essa faca. Um freguês comprou a faca e os dois foram para outro bar. Lá ouviram falar da sobrevivente, e Speck comentou: “Deve ter sido algum filho-da-puta sujo que fez isso!”.
Com outro companheiro, Speck foi para outro bar… Disse a este que tinha passado a noite com uma prostituta que achou-lhe tão bom na cama que não cobrou pelo programa.
Um policial conseguiu falar com Richard Speck por telefone, disse-lhe que era da agência de empregos, que um serviço em tal lugar era oferecido. Speck desconfiou, pois o serviço neste local já havia terminado. Não foi à agência. Foi para o hotel.
Policiais apareceram no hotel, ele percebeu e se escondeu. Os policiais foram embora. Ele pegou um táxi para o norte da cidade e se hospedou em outro hotel, usando nome falso. No fim do dia, buscou uma prostituta e subiu para o quarto. Na saída, ela disse ao atendente que o hóspede tinha uma arma.
A polícia foi chamada para averiguar, na manhã seguinte. Policiais foram ao seu quarto e viram seus documentos verdadeiros – mas os agentes que lá foram não sabiam que Richard Speck era o homem a ser achado. Apenas pegaram sua arma, então, e foram embora.
Speck estava na rua e começou a peregrinar novamente pelos bares. Fez novos conhecidos, e resolveu pegar suas coisas no hotel, indo para outra hospedagem. Os agentes que o procuravam chegaram cerca de quinze minutos após sua saída…
O assassino deixou seus pertences noutro hotel e saiu com os novos amigos para beber mais.
Cinco dias depois do crime, confirmou-se que a digital encontrada na cena era de Speck. Um agente chamou a imprensa e anunciou o nome do criminoso. Na rua, Speck viu sua foto nos jornais e voltou para o hotel. E então, cortou o pulso.
Enquanto sangrava, arrependeu-se. Um dos amigos de bar o encontrou. Como tinha visto a foto dele no jornal, ligou para a polícia e contou onde Speck estava. Mas nenhum policial compareceu ao hotel.
Speck foi parar em um hospital, de táxi.
Um médico residente achou o rosto familiar. Procurou pela tatuagem, descrita pela polícia. Speck pediu por água. O residente pegou-lhe pelo pescoço e perguntou: “Você deu água pras enfermeiras?”. E chamou um policial do hospital.

O JULGAMENTO DE RICHARD SPECK

julgamento de Richard Speck
julgamento de Richard Speck
Richard Speck já era considerado suspeito de alguns crimes ocorridos pouco anteriormente do massacre das enfermeiras. O fato mais significativo ocorreu em 13 de abril daquele ano, quando uma garçonete foi encontrada morta, com um corte na barriga. Speck foi interrogado, mas se fingiu de doente e prometeu dar mais esclarecimentos depois – e não apareceu mais.
Poucos dias antes, em 2 de abril, havia estuprado uma senhora e a roubado.
Mesmo com todas as evidências, Speck tentou negar a chacina das enfermeiras. Na entrevista com um psiquiatra, disse várias vezes, em tom jocoso, que, se falavam que foi ele, deveria ter sido então…
No julgamento, Richard Speck alegou que no dia do crime estava bêbado e planejava apenas roubar. Mas a verdade é que estuprou e torturou as vítimas por horas. Disse que não se lembrava do crime, mas, segundo o médico que o atendeu quando cortou o pulso, Speck havia lhe confessado o crime – porém, Speck estava sob efeito de medicamentos no momento desta confissão.
Mesmo negando o crime, Speck foi condenado à pena de morte, na cadeira elétrica. Porém, em 1972 mudaram-se as leis estaduais, e sua pena foi transformada em prisão perpétua (na verdade, prisão de 400 a 1200 anos!). Todos os seus pedidos de condicional foram negados.

NA PRISÃO

Quadro de Richard Speck
Quadro de Richard Speck
Richard Speck pintava a cela, fazia quadros, colecionava selos, escutava música… Foi pego com drogas várias vezes. As punições não o assustavam: “Como poderei ter problemas? Estarei aqui pelos próximos 1200 anos!”
Em um filme feito dentro da cadeia entre os presos, em 88, que veio à tona alguns anos após sua morte, Speck aparece confessando o massacre e fazendo brincadeiras sobre ele. No vídeo, havia cenas de sexo, de uso de drogas (Specker usando cocaína) etc. Ele fala: “Se soubessem o quanto estou me divertindo, me colocariam pra fora.” Perguntado sobre os sentimentos que tinha, atualmente, sobre seus crimes, diz: “Como sempre me sinto. Não tenho sentimentos.” Sobre estrangulamentos: “Não é como na TV… Leva mais de três minutos e você precisa ter muita força.” Parecia estar usando hormônios femininos, por causa dos seios crescidos. Talvez possa ter sido obrigado a isto.
Speck morreu de infarto. Na necropsia, em seu cérebro foram vistas alterações grosseiras no hipocampo e na amígdala.
A família não quis o corpo. Richard Speck foi cremado.
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