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domingo, 2 de dezembro de 2012

Documentário: Ciência Psicopata


O Que Nos Faz Bom Ou Mal ?
A rede britânica BBC é conhecida pelos seus programas de extrema qualidade. Seus documentários e séries são largamente exibidos em vários programas pelo mundo (que o diga o Fantástico). Da física quântica aos efeitos da poluição no planeta. Nada escapa ao excelente conteúdo da rede britânica.  É sem dúvida uma televisão totalmente diferente do que estamos acostumados aqui. Leia-se: Conteúdo de Qualidade. Isso talvez possa ser explicado pelo fato de que na Europa, assim como em vários outros países do mundo, as principais emissoras de TV são públicas e financiadas pelo povo. Quem financia a BBC é o cidadão inglês que paga uma taxa anual. Então por isso, o compromisso da BBC não é com o governo ou com um grande grupo industrial e sim com a socieade. No Brasil, você deve estar careca de saber que o compromisso da TV aberta não é com você e nem com a sociedade, e sim com os anunciantes.
Bom, hoje venho aqui para falar sobre um excelente documentário chamado “What makes us good or evil ?”
O programa transmitido em 07 de Setembro de 2011 no canal BBC Horizon tenta responder a uma inquietante pergunta: O que nos faz ser bom ou mal ? Buscando por respostas, o programa foi ouvir alguns dos maiores estudiosos do mundo em pessoas realmente más: Os cientistas que estudam as mentes de assassinos psicopatas.
O programa é interessantíssimo e mostra várias pesquisas científicas que vão desde o estudo do instinto moral em pessoas, passando por testes para saber se bebês já nascem ou não com disponibilidade para a maldade até as sofisticadas pesquisas genéticas que deram origem à descoberta do gene responsável pela maldade. O programa é interessante também ao abordar uma questão bastante discutida hoje que são os “psicopatas de sucesso” e a forma como eles irresponsavelmente dirigem grandes empresas.
Disponibilizo no fim do post o programa legendado, mas antes farei um review sobre o mesmo.

Podemos Nascer Maus ?

Uma pesquisa mostrada no programa tenta responder a uma inquietante questão: Bebês podem nascer maus ?
A pesquisa dos cientistas Karen Wynne e Paul Bloom, da Universidade de Yale nos Estados Unidos, teve como objetivo descobrir a origem da moralidade e a origem do bem e do mal. Seria possível alguém já nascer mau ou bom ? Um bebê já poderia nascer com um senso moral ? Com bons ou maus impulsos ? Se sim, como isso poderia se desenvolver no senso adulto de certo e errado ?
Para tentar desvendar essas complexas questões, os cientistas criaram uma peça sobre moralidade na qual bebês voluntários assistiriam. A peça consistia em 3 bonecos dispostos um ao lado do outro. O boneco do meio tinha uma bola na qual brincava. Em dado momento ele passa a bola para o boneco da esquerda, que brinca com a bola e devolve para o boneco do meio. Com a bola novamente em mãos, o boneco do meio brinca e passa a bola para o boneco da direita. O boneco da direita pega a bola e foge com ela. O que os cientistas queriam saber é qual boneco cada bebê escolheria, o da esquerda ? Ou o da direita ?
“Para um adulto que vê isso, a pessoa que devolve a bola é boa. A pessoa que foge com a bola é um chato. Para um adulto você apenas pergunta: Qual é o cara bom e quem é o cara mau ? Mas com um bebê você não pode fazer isso. O que você faz é deixar a criança escolher,” diz o pesquisador Paul Bloom.
A pesquisa mostrou que 70% dos bebês escolheram o boneco “bom”, e segundo os pesquisadores, isso é um indício de que esses bebês são atraídos pela bondade e que isso é um reflexo de um sentimento moral.
“Esses não são efeitos sutis, pelo contrário, os bebês analisam tais cenas de forma rica e poderosa e respondem de acordo,” diz Paul Bloom.
Mas enquanto aos 30% dos bebês que escolheram o boneco “mau” ? Seriam esses bebês, pessoas com uma pré-disposição para a maldade ?
“A explicação sexy é que esses bebês são psicopatas, bebês que vêem o mundo de forma diferente e que realmente preferem o cara mau. Acho que isso é uma possibilidade lógica. Mas acho que é mais provável que, em qualquer experiência que você faça, se você testar 100 bebês, 20 agirão de forma diferente não importa o que. Pode ser porque eles adormecem ou se distraem. É uma questão em aberto, se os bebês que escolhem o boneco mau são um tipo diferente de bebês, com um código moral diferente, ou se isso é apenas uma margem de erro que você obtêm em qualquer experimento,” diz Paul Bloom.
Para o cientista, suas pesquisas sugerem que nós, seres humanos, já nascemos com senso moral.

Psicopatas serial killers

O instinto natural do ser humano é não fazer o mal, como podemos explicar então aqueles que parecem ser desprovidos de bondade ? Que não pensam duas vezes em tirar uma vida ? Essas são algumas indagações do programa ao entrar no sombrio mundo dos psicopatas serial killers. Essa, talvez, seja a parte mais interessante do programa. Para tentar desvendar uma mente que tortura e mata sem nenhum pingo de remorso, o programa entrevistou grandes autoridades no assunto, uma delas é o psicólogo canadense Bob Hare. A história de Bob é, no mínimo curiosa. O recém-formado em psicologia não conseguia um emprego. Depois de tanto correr atrás, conseguiu um emprego de psicólogo em uma penitenciária canadense. Lá ele ficou cara a cara com os mais terríveis psicopatas que se possa imaginar. Virou um apaixonado nessas mentes e hoje é uma das maiores autoridades na área.
Bob começou a estudar a fundo essas pessoas e foi um dos primeiros a realizar experiências escaneando cérebros de psicopatas. Na época, o que ele descobriu, chocou a todos. Psicopatas eram desprovidos de emoção e não tinham empatia para com outras pessoas. A pesquisa de Bob Hare, publicada em meados dos anos 80, é até hoje fonte de pesquisa.
Talvez o ponto alto do programa seja a história do neurocientista californiano Jim Fallon e a forma como ele“caiu” no mundo dos psicopatas. Jim é um especialista em distúrbios clínicos padrões que passou a vida inteira pesquisando anomalias cerebrais em pessoas com esquizofrênia e depressão. Em um certo dia, alguns colegas o pediram para analisar scans cerebrais de algumas pessoas, mas não disseram quem eram aquelas pessoas ou se elas sofriam de algum distúrbio. Olhando os scans, Jim fallon notou algo que achou fascinante.
“Um certo grupo tinham sempre uma lesão no córtex orbital, acima dos olhos. Outra parte que parecia não funcionar bem era a parte frontal do lobo temporal que abriga a amígdala, o local onde nossas reações se tornam diferentes das dos animais. Achei extraordinário. Separei esses scans e disse para meus colegas: Esses são diferentes. E quando formos ver, aquele grupo de scans pertenciam a assassinos.”
Jim Fallon descobriu que tais lesões presentes nos cérebros de psicopatas assassinos eram cruciais para o controle dos impulsos e das emoções, o que acabou confirmando os estudos do psicólogo canadense Bob Hare publicado anos antes. E mais, tais lesões poderiam ser a resposta científica para entender poque psicopatas podem ser levados a comportamentos extremos.
“Para chegar ao ponto de ficar satisfeito ao alimentar a amígdala, alguns desses psicopatas fazem coisas extraordinárias. Um pode voar até Las Vegas e ficar bêbado, outro pode sair e ficar com várias prostitutas, cheirar cocaína ou, o mais extremo, matar e matar pessoas, repetidamente.” Diz Jim Fallon.
Mas essa descoberta de Jim Fallon fez surgir mais dúvidas do que respostas. Existiriam outros fatores, além dessas lesões cerebrais, que poderiam levar um psicopata a matar ? E mais, se o cérebro de um psicopata é diferente, o que originaria essas diferenças ? Seriam os genes ? Genes ligados à violência ?
A resposta veio em 1993 com a análise do DNA de uma linhagem de psicopatas assassinos. Era a descoberta do gene MAO-A, o gene “guerreiro.”
“Isso foi muito empolgante porque implicava fatores específicos que contribuem para a psicopatia. E também porque isso sugere que essa área de pesquisa poderia gerar frutos.” Diz Bob Hare.
A descoberta deixou os cientistas empolgados, tão empolgados que, em uma reunião de família, Jim Fallon comentou com os familiares sobre suas descobertas. Ao ouvir os comentários do filho sobre cérebros de psicopatas assassinos, sua mãe lhe disse algo que o deixaria intrigado.
“Você já ouviu falar de Lizzie Borden ?” Perguntou a mãe do cientista.
“Não!” Respondeu Jim.
“Ela é sua prima!” Disse a mãe do cientista.

Lizzie Andrew Borden
Lizzie Borden é a pivô de um dos mais famosos casos de assassinatos ocorridos nos Estados Unidos. Ela foi acusada de assassinar o pai e a madrasta em 1892 a golpes de machado. Lizzie Borden foi julgada e absolvida do duplo assassinato. O caso nunca foi solucionado e tornou-se um dos crimes mais misteriosos da história americana.
O neurocientista Jim Fallon não sabia mas ele era descendente direto de Lizzie Borden. Ao aprofundar mais no assunto com sua mãe, Jim Fallon descobriu que sua família era repleta de assassinos, ele descobriu 16 assassinos dos quais ele descendia direto, da família do seu pai. E foi ai que ele decidiu escanear o cérebro de toda sua família.

Na Foto: O neurocientista Jim Fallon (primeiro da direita para a esquerda) e sua família.
“Haviam muitas, muitas páginas e tudo parecia normal. Fantástico. E então eu fui para o último. Esse parecia muito anormal. Essa tomografia em particular não tinha atividade no córtex orbital nem no lobo temporal. Todo o sistema límbico não estava funcionando. Então eu disse: Meu Deus, esse é um desses assassinos. Tem o mesmo padrão que um assassino. Quando olhei para o código tive um choque: Era a minha tomografia!”

O neurocientista Jim Fallon, da Universidade da Califórnia, passou anos investigando o cérebro de psicopatas assassinos. Descobriu que eles têm inativa uma região ligada ao comportamento ético e à tomada de decisão. Viu também que possuem genes ligados à violência. Seria uma pesquisa comum, não tivesse Fallon decidido escanear o próprio cérebro – e ver nele o mesmo padrão de serial killers.
Essa descoberta de Jim Fallon foi muito importante no estudo de mentes psicopatas, pois abriu espaço para a descoberta do “terceiro ingrediente”. O ingrediente final que faria com que psicopatas se tornassem assassinos.
“Nos anos 90, passei a investigar cérebros de assassinos psicopatas. E vi que todos seguiam o mesmo padrão: um dano no córtex órbito-frontal, região cerebral bem acima dos olhos associada com tomada de decisão e conduta ética. 
Há uns 4 anos, soube de ao menos 16 assassinos na família do meu pai. Um homem foi enforcado em 1673 por matar a mãe, e uma mulher, acusada de matar o pai e a madrasta com um machado em 1892 (Lizzie Borden). Fiz então tomografias do meu cérebro e vi que quase não há atividade no meu córtex órbito-frontal. Na mesma época, fiz testes genéticos em minha família para saber o risco de cada um desenvolver Alzheimer. E descobri que também compartilho com psicopatas o gene guerreiro, que pode deixar o cérebro da pessoa insensível ao efeito calmante da serotonina.
Tenho 2 ingredientes comuns aos psicopatas. O dano no córtex órbito-frontal e o gene guerreiro. Mas não tenho o terceiro: Abuso severo na infância, que é o gatilho necessário para ligar o gene guerreiro. Minha infância foi muito benevolente e cercada de amor. Após dar à luz ao meu irmão mais velho, minha mãe teve 4 abortos naturais. Quando cheguei, me trataram como um garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada. E, se fosse abusado, creio que não teríamos esta conversa agora.”
Jim Fallon escapou por pouco, mas estamos carecas de saber que a grande maioria dos psicopatas não matam e nem são criminosos, ao contrário, são executivos, políticos, empresários bem sucedidos que manipulam os que estão em sua volta para se darem bem na vida.
“Alguns psiquiatras me chamam assim. Mas nunca pensei em mim dessa forma. Quando vi toda a análise de meu cérebro e meus genes, pedi a vários colegas que fossem francos comigo e com minha família sobre meu lado escuro. Não acho que sou psicopata. Não tenho um charme superficial. Sou honesto e realmente trato bem os demais, do mesmo jeito que trato minha família.” Diz Jim Fallon

Psicopatas de Terno

Os “psicopatas de terno” também são tema do documentário.
Segundo um estudo conduzido pelo psicólogo de Nova York Paul Babiak, 1 em cada 25 líderes de negócios no mundo pode ser um psicopata. Um número alto voce deve estar pensando, mas não é muito difícil de entender o porque de a maioria de nossos líderes serem psicopatas. Eles disfarçam, manipulam pessoas, e assim, conseguem altos cargos em empresas e governos.
Como visto acima, as pessoas podem nascer com pré-disposição genética para ser um psicopata. O que fará com que ele se torne um criminoso ou não é a sua infância. Uma infância feliz pode ser a resposta para os pequenos psicopatas que adentram ao mercado de trabalho.
“Psicopatas realmente não sao o tipo de pessoa que você pensa que são. Eu encontrei meu primeiro psicopata há pouco mais de 25 anos. E não foi alguém em uma prisão. Foi alguém que estava trabalhando em uma empresa onde eu prestava consultoria. A metade das pessoas achavam que ele era um líder maravilhoso. A outra metade achava que ele era o oposto. Pensavam que ele era a encarnação do mal. Fiquei intrigado e me lembro de ligar para Bob Hare. No final da conversa, nunca me esquecerei, ele disse: Sim, você achou um!” Diz no documentário o psicólogo Paul Babiak.
Paul Babiak diz que os “psicopatas de sucesso” tem uma tendência natural em serem charmosos e carismáticos. Segundo ele, você poderia estar vivendo com um, ou estar casado com um a 20 anos ou mais e mesmo assim não saber que ele é um psicopata.
Paul Babiak diz ainda que psicopatas são horríveis profissionais, mas compensam suas gestões desastrosas encobrindo suas fraquezas através dos seus charmes naturais. Isso torna quase que impossível distinguir um líder genuinamente talentoso de um psicopata.
“Quanto maior é a psicopatia, melhor eles são vistos. Mas se você olhar o seu desempenho profissional real, verá que é horrível. Você deve pensar em psicopatas como pessoas que tem à sua disposição um repertório muito grande de comportamentos. Assim eles podem usar a manipulação, o charme e a intimidação quando necessários. Eles podem dizer o que você está pensando, eles podem olhar para sua linguagem corporal, eles podem ouvir o que está dizendo, mas o que eles realmente não podem fazer é sentir o que você sente.”
O documentário termina com um inédito caso de um advogado norte-americano que, ao defender um psicopata assassino no tribunal, introduziu a teoria de interação gene-ambiente na audiência. Em outras palavras, o psicopata não poderia ser condenado a pena de morte pois, segundo o seu advogado, ele nasceu com o gene guerreiro. Como termina essa história ? Só vendo abaixo.
“Jeffrey Dahmer e Ted Bundy, dois infâmes serial killers. Quando você olha para as fotos vê pessoas normais. Pois esse era o ponto forte deles. Eles pareciam pessoas normais quando estavam no meio da sociedade”




sexta-feira, 30 de novembro de 2012

PSICÓTICO - Parte I




Como uma pessoa comum se transforma num psicopata?
(Pergunta o Repórter Arthur Vinícius)

O Médico psiquiatra Richardson Barros responde (quando não esquece):

 - Alguns têm uma infância muito infeliz. Elas sofrem algum tipo de trauma ou são tratadas friamente e tendem a ter instinto de autopreservação elevada assim como dificuldade de desenvolver empatia pelo próximo. 

MAS

 nem toda criança infeliz vira assassina. 

O processo para formar um psicopata começa quando o indivíduo cria uma série de saídas ou justificativa para os seus atos, gerando desculpas para comportamentos mais violentos. 

domingo, 26 de agosto de 2012

Material sobre Serial killer na Folha Universal [O Serial Killer blog]


Há alguns dias dei uma entrevista para uma repórter da Folha Universal, jornal da Igreja Universal, sobre serial killers.
A matéria “A mente de um psicopata” foi publicada na edição 1036 do jornal.
serial killers - Folha Universal
A reportagem pode ser visualizada aqui , a partir da página 24, ou lida aqui (recomendado).


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Site mostra cronologia da história dos serial killers do Brasil

http://www.dipity.com/comunik/serial-killers-brasileiros/#

Vamos fazer nossa visitinha!!!

Matéria "Fui Eu" da Revista Veja sobre o Maníaco do Parque [Encontrada por Vitória Régia]

"FUI EU"

Foto: Liane NevesFoto: Edison Vara
Francisco de Assis Pereira: "Eu matei todas. As nove"

Foto: Álbum de Família
 Francisco, você conhece Thayná?
 Thayná? Thayná... Não conheço.
 E Elisângela, você conheceu alguma?
 Não.
 Selma?
 Não. Também não.
 E você fez sexo anal com alguma de suas vítimas?
 Fiz, com algumas.
Pausa. Surpresa. O diálogo continua, em ritmo menos frenético:
 Você matou algumas daquelas mulheres, Francisco?
 Matei
 Quais?
 Todas.
 Quantas mulheres você matou?
 Nove.
 Você matou Isadora?
 Matei. Fui eu.
Francisco demorou frações de segundos para reconhecer que matou Isadora Fraenkel, 18 anos, uma bonita garota de classe média paulistana que no dia 10 de fevereiro saiu de casa para ir à aula de inglês e desapareceu. O silêncio que veio depois da confissão durou pelo menos um minuto.
 Como você matava as moças?
 Com o cadarço dos sapatos ou com uma cordinha que às vezes eu levava na pochete. Eu dava um jeito.
Outra pausa, alguns pigarros. É o próprio Francisco quem volta a falar. A voz sai serena, com um tom de constatação:
 Nunca contei isso pra ninguém, nem pra minha mãe. Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar.
Era um dos primeiros dias de Francisco de Assis Pereira, 30 anos, no prédio da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa, DHPP, no centro de São Paulo. Havia um caos nas três salas da equipe C-Sul que antecedem uma pequena cela para onde Francisco é levado antes dos depoimentos. Investigadores, escrivães, detetives e advogados transitavam por ali. Funcionários de outras equipes de vez em quando aproveitavam para dar uma espiada em Francisco e sair com um veredicto pessoal. Em meio a esse movimento, Francisco estava confuso. Na presença de três pessoas, confessou ser o maníaco do Parque do Estado, o suspeito mais procurado pela polícia brasileira. O assassino não de oito mulheres, como acredita a polícia, mas de nove. O homem que estuprou e enforcou suas vítimas e depois largou seus corpos em clareiras de uma das maiores áreas verdes de São Paulo. A confissão foi ouvida por VEJA. Apesar do clima dramático em que foi feito, era um relato informal.
Pouco tempo depois, no primeiro depoimento oficial que deu ao delegado Sérgio Alves, responsável pelo caso, Francisco estava mais calmo. O interrogatório durou sete horas. Durante todo esse tempo, ele negou qualquer relação com os oito assassinatos e cinco estupros dos quais é suspeito. A opção de Francisco tinha uma lógica. No caso de uma confissão, ele poderia ser considerado um psicopata e ficaria trancafiado no Pavilhão Dois do Manicômio Judiciário — o inferno na terra — por pelo menos trinta anos. Negando, pode ser condenado por apenas um homicídio e pegar uma pena menor.
"Essas mulheres não tiveram
chance de se defender.
Foram acuadas como uma
caça. Isso dá muita raiva"
Jane Belucci, perita da Polícia Civil
Foto: Frederic Jean 
No momento de sua confissão extra-oficial, Francisco ainda não sabia das firulas jurídicas que envolvem o seu inquérito. Com voz pausada, desembestou no relato de uma complicada teia de namoradas, traumas e rancores que, segundo ele, formaram seu "lado negro". Falou de uma tia, irmã de sua mãe, que o teria molestado sexualmente na infância ("por causa dela, tenho fixação em seios"). Falou de um ex-patrão, com quem teria um relacionamento homossexual ("sempre que ele chegava perto, eu virava o rosto"). Falou de uma companheira de patinação, Silvia ("uma menina gótica, curtia cemitérios"), que mordera e quase lhe arrancara o pênis. E falou que, de fato, sente dores durante as relações sexuais, como dizem as mulheres que denunciam ter sido atacadas por ele. Depois do relato, o desfecho: "Sou ruim, gente. Ordinário". A conversa durou pouco mais de duas horas. Consultada formalmente sobre a confissão, a advogada Maria Elisa Munhol, que divide a defesa de Francisco com o sócio Ubiratan Alencar, diz o seguinte: "Eu não sou psiquiatra, mas a minha experiência indica que o Francisco deve ter o que os especialistas chamam de 'transtorno de personalidade'. Não descarto a hipótese de ele ter feito essa confissão como uma forma de aparecer mais, de se tornar uma grande estrela, de virar um grande astro. A confissão que vocês têm em mãos não é digna de confiança, nem de crédito" (leia texto).
Antes mesmo da terça-feira em que foi preso, por três policiais militares, na cidade gaúcha de Itaqui, fronteira entre Brasil e Argentina, Francisco já se transformara numa espécie de superstar do mal. Na semana passada, ele era assunto em todo o país. Preso, em apenas um dia deu três entrevistas coletivas. Na última, já no prédio do DHPP, em São Paulo, falou durante quase duas horas. Estava ladeado pelo vice-secretário de Segurança Pública do Estado e por dois advogados, que o fizeram assinar um papel em branco como procuração e logo depois se afastaram do caso. Jurou inocência, disse que não fugira tão logo o retrato falado do "maníaco do parque" começou a ser divulgado, mas que apenas fizera uma viagem para participar de um campeonato de patinação. Chegou a advertir sobre o perigo de todas as atenções se voltarem sobre ele. "É uma forma de deixar o verdadeiro psicopata à solta." Um encontro entre ele e os pais, Maria Helena e Nelson Pereira, foi transmitido ao vivo no programaRatinho Livre e alcançou 38 pontos no Ibope. É mesmo possível que Francisco tenha gostado de seus dias de Xuxa do crime. Mas sua confissão paralela é rica em detalhes. E tem como moldura uma coleção de indícios contra seu autor.
"Ele era um cara comum,
educado, estudado, com papo
legal. Engana qualquer garota"
João Carlos Dornelles Villaverde,
o pescador que identificou Francisco
 Foto: Edison Vara
Na quinta-feira 6, Francisco foi indiciado pelo assassinato da balconista Selma Ferreira Queiroz, 18 anos. Tecnicamente, as provas contra ele não são das melhores. Isso porque o único elo capaz de associá-lo ao homicídio é a carteira de identidade da garota, encontrada no vaso sanitário da empresa onde ele morava. Como álibi contra essa evidência, Francisco alega que a casa era freqüentada por um sem-número de pessoas. A polícia tentou identificar o DNA do sêmen encontrado no corpo de Selma. Mas o azar, aliado a uma dose de incompetência, estragou a prova. O número de espermatozóides encontrados — 45 — já era pequeno para um exame conclusivo. Para piorar, os peritos ainda usaram a técnica errada na hora de tingir a amostra. A polícia alardeou o fato de que pretendia cotejar o formato das mordidas espalhadas pelo cadáver de Selma com a arcada dentária do principal acusado: Francisco. De novo, pode ser um furo n'água. Existem peritos dizendo que as mordidas foram dadas depois da morte de Selma, quando o fluxo sanguíneo já estava interrompido. Nessa situação, os tecidos são incapazes de reter o molde dos dentes do assassino. Os dois pontos que Francisco tem a seu favor são esses. Contra, há dezenas. Alguns dos mais importantes:
 No dia 12 de julho, um domingo, os jornais publicam o primeiro retrato falado do maníaco que atacava no Parque do Estado, elaborado por policiais do 97º DP. No mesmo dia, a manicure Selma Rodrigues Goes, de 35 anos, afirma ter visto uma fumaça saindo de dentro da empresa J.R. Express, na Rua Alcântara Machado, 100-C, Brás. O morador do lugar: Francisco de Assis Pereira.
 No dia seguinte, ao chegar a sua empresa, Jorge Alberto Sant'Ana, de 25 anos, estranhou a ausência do único funcionário que trabalhava e dormia na empresa. Ele tinha deixado um bilhete sobre a mesa, com um recorte do jornal em que havia o retrato falado. Lamentava ter de ir embora, pedia desculpas pela forma repentina da partida. "Infelizmente, tem de ser assim." Assinado: Francisco de Assis Pereira.
 No mesmo dia, o empresário percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. Tentou consertar duas vezes, mas não conseguiu. Na sexta-feira 24, quebra o encanamento para descobrir a causa do entupimento. Encontra um bolo de papéis queimados, misturado aos restos de um churrasco feito no final de semana anterior, no cano de saída da privada. Esse bolo é que entupira o esgoto. Entre as coisas que o empresário recolheu do cano estava a carteira de identidade de Selma Ferreira Queiroz, parcialmente queimada. Selma foi uma das mulheres cujo cadáver a polícia encontrou no Parque do Estado.
"Como pai, tenho uma
certeza muito grande de
que não vou encontrar
minha filha com vida"
Cláudio Fraenkel, pai
da estudante Isadora
Foto: Rogerio Assis/Folha Imagem 
 Em 22 de julho, a estudante Sara Adriana Ferreira reconhece na polícia a voz do homem que, no dia 4 de julho, telefonou para sua casa, na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, exigindo 1.000 reais pela libertação de sua irmã Selma. A identificação foi feita por meio de uma entrevista que o homem havia dado a uma rede de televisão em 1994 sobre um grupo de patinadores noturnos. A voz era de Francisco de Assis Pereira, segundo a irmã da vítima.
 Alguns dias depois do desaparecimento da estudante Isadora Fraenkel, em 10 de fevereiro, dois cheques da garota, um de 200 reais e outro de 50, foram compensados na agência Cidade Jardim do Banco Itaú. O pai de Isadora, o físico Cláudio Fraenkel, procura a polícia com cópias dos cheques. O de 50 reais estava com a assinatura falsa. Durante as investigações, os policiais chegam ao suspeito de estelionato, que se apresenta como namorado de Isadora. Cláudio Fraenkel, numa nota oficial, negou que a filha estivesse namorando o rapaz e acusou-o de ser o principal envolvido no desaparecimento dela. Nome do implicado: Francisco de Assis Pereira.
 Durante 23 dias em que esteve foragido, o suspeito de ser o "maníaco do parque" passou por várias cidades de três países. Chegou a Itaqui, no Rio Grande do Sul, cansado e faminto. Pediu abrigo a pescadores e disse se chamar "Pedro". Desconfiados, os pescadores João Carlos Dornelles Villaverde e Nilton Fogaça da Silva, o "Pitoco", resolveram checar os documentos do rapaz. Pedro, na verdade, era um nome falso. O nome verdadeiro: Francisco de Assis Pereira.
 Cinco mulheres apresentaram-se à polícia identificando o homem que as havia violentado no Parque do Estado. Todas indicaram um rosto: o de Francisco de Assis Pereira.
 No mesmo parque, foram encontrados oito cadáveres de mulheres assassinadas. Era o mesmo parque em que foi achado o cadáver de Selma. O indiciado pelo assassinato de Selma é Francisco de Assis Pereira.
 Entre os moradores da vizinhança pobre do Parque do Estado, um deles tinha este nome: Francisco de Assis Pereira. Ao ser preso, ele negou conhecer o parque. Mas, segundo depoimentos de amigos dele à polícia, Francisco freqüentava o lugar.
 Em 1995, uma moça de 19 anos prestou queixa na delegacia da cidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, contra um homem que a agarrou numa avenida do bairro Cidade Nova e a forçou a entrar num prédio em construção. Ela conseguiu escapar. O homem foi detido por constrangimento ilegal, pagou 80 reais e foi solto por ser primário. O acusado: Francisco de Assis Pereira.
"Ele apertou meu pescoço.
Disse que era psicopata e já havia
enterrado muitas mulheres ali"
Sandra Aparecida de Oliveira,
19 anos, uma das mulheres
que dizem ter sido atacadas
no parque por Francisco
 Foto: Antonio Milena
Com tantos indícios contra, é estranho, mas Francisco é um boa-praça. Tem o rosto sardento como a mãe, Maria Helena, o que lhe dá um ar de garotão. Veste roupas joviais. Quando foi preso, estava com uma camisa colorida, de um time de hóquei. É o tipo que passa despercebido na rua ou no elevador, mas que, quando puxa assunto, atrai simpatias. É conversador, gosta de falar e responde atenciosamente às perguntas que lhe são feitas. Desde que sua vida começou a ser devassada, são comuns as descrições do Francisco gente fina. É o que dizem seus chefes, seus pais, algumas ex-namoradas. "O Francisco é bastante carinhoso e brincalhão. O único defeito é que o tempo livre dele é todo para os patins", diz a estudante Juliana Prado Fanasca, 16 anos, moradora de Guaraci, município a 522 quilômetros de São Paulo, onde vivem os pais de Francisco, e a ex-namorada dele. Juliana e Francisco ficaram juntos um mês. "Comigo ele era um cara superlegal", conta Ellen Renata Pereira, de 16 anos. Também vizinha dos pais de Francisco, Regiane Alves, 20 anos, conheceu o motoboy quando a família dele se mudou para a Rua Joaquim Rossini, no bairro Cohab 4. "A gente batia papo, jogava conversa fora." Segundo a garota, Francisco sempre pareceu ser uma pessoa normal, um cara legal. "Não acredito que ele possa ser o maníaco." Curiosamente, no entanto, ela diz que deixou de falar com o vizinho depois que uma amiga lhe contou que o motoboy teria tentado estuprar uma outra garota, em São José do Rio Preto. "Perguntei se ele tinha mesmo feito isso. Ele falou que não, mas não acreditei nele." Desde então (ela não tem certeza, mas acha que o episódio se passou em 1995), Regiane nunca mais conversou com Francisco.
Até mesmo a simpatia excessiva pode ser usada contra um assassino em série. Especialistas do mundo inteiro tentam entender os mecanismos de mentes psicopáticas. Obviamente, não há como dissecá-las. Na falta de um manual de instruções, estabeleceram-se alguns comportamentos que se repetem com uma regularidade impressionante. Mais ainda, que deixam os criminologistas em pânico: os assassinos em série aparentam ser os homens mais normais do mundo quando não estão tomados pela pulsão destruidora e sádica. Para começar, um grande número deles é de hiper-religiosos, o que lhes confere a aparência de virtuosos cidadãos.
Ao ser preso no Rio Grande do Sul, a polícia encontrou entre as coisas de Francisco dois papeizinhos com orações, uma para o Padre Cícero, outra para São Francisco. Achou ainda um santinho de São Judas Tadeu e um panfleto de uma igreja evangélica de Buenos Aires. A entrevista coletiva que ele concedeu logo ao chegar a São Paulo esteve repleta de visões de igrejas. Elas pontuaram toda a descrição do percurso que Francisco fez, entre as cidades de Alvear, na Argentina, e Itaqui, no Rio Grande do Sul. Francisco assistiu a uma missa em Itaqui, no domingo, apenas dois dias antes de ser preso. O pescador que denunciou a presença de Francisco na cidade, João Carlos Dornelles Villaverde, 40 anos, disse que, na volta da missa, Francisco contou-lhe que tinha ido à igreja rezar e pedir a Deus que o ajudasse. É um traço que vem de longe. Entre as lembranças da infância do pequeno "Tim" — o apelido familiar de Francisco —, sua mãe, Maria Helena, costuma evocar as vezes em que ele ia dormir com o terço nas mãos. "Ele sabia umas rezas que ninguém na família conhecia."
Um outro traço comum aos assassinos em série é o comportamento social aceitável e até admirável. Serial killers, como Jeffrey Dahmer e Marcelo de Andrade (leia texto), eram assim, acima de qualquer suspeita. De novo, o acusado de ser o "maníaco do parque" encaixa-se à perfeição nesse modelo. Além das namoradas com doces lembranças dele, Francisco era popular no Parque do Ibirapuera, onde costumava fazer malabarismos sobre patins ao menos uma vez por semana. Craque no esporte, ele pacientemente ensinava aos iniciantes como dar os primeiros passos sobre rodas. Quando ia visitar os pais, em Guaraci, as crianças costumavam cercá-lo na rua. Era querido e respeitado.
Há outros traços bastante comuns entre os assassinos em série. Um é a existência de traumas sexuais na infância. Francisco diz ter sofrido abusos de uma tia. Outro é a argúcia que manifestam para realizar os crimes. Eles têm de enganar e aperfeiçoam seus métodos vítima após vítima. Observam detalhes, corrigem o que está imperfeito. Situam-se entre dois limites: ou são mais inteligentes do que a média, e por isso capazes de planejar minuciosamente, ou são menos dotados intelectualmente, e matam como bestas-feras. Após duas horas de conversa com Francisco, a perita Jane Pacheco Belucci, 38 anos, da Polícia Civil de São Paulo, saiu convencida: "Ele é inteligentíssimo. Tem uma fala mansa que convence".
Convence. Uma de suas vítimas, M.C., de 18 anos, que reconheceu Francisco como o estuprador que a dominou no Parque do Estado depois de convidá-la a posar para fotos, disse na quinta-feira passada, diante de um batalhão de repórteres: "Ele sabe fazer ar de desamparado". Francisco estava com esse ar no primeiro encontro com os pais depois de sua prisão. Quando as luzes das câmeras de televisão se apagaram, logo em seguida à entrevista coletiva, chorou no ombro da mãe e do pai como uma criança. Com as mãos algemadas, passava os braços em torno do pescoço deles enquanto dizia que havia pensado muito na família nas últimas semanas. Maria Helena perguntou baixinho:
 Meu filho, você fez essas coisas todas?
Francisco colocou a cabeça em seu ombro, chorando.

O desejo de aparecer

Maria Elisa: Escola
Base e Bar Bodega,
preferência por
causas antipáticas
Foto: Antonio Milena 
Aos 50 anos, a advogada Maria Elisa Munhol, três filhas — 30, 28 e 12 anos —, é uma especialista em causas antipáticas. Também é uma vencedora. Foi ela quem conseguiu provar a inocência de um dos acusados do crime do Bar Bodega, um pobre coitado que a polícia, depois de torturar, apresentou como culpado pela morte de um rapaz e uma moça, em São Paulo. Antes disso, foi Maria Elisa também que demonstrou ser infundada a acusação de abuso sexual de crianças que pesava sobre um casal envolvido no escândalo da Escola Base, de São Paulo. Esse caso se tornou emblemático. Porque destruiu a vida dos acusados, salvos por um triz de ser linchados, e mostrou os riscos de um jornalismo apoiado apenas em informações oficiais da polícia. Agora, de novo, Maria Elisa está envolvida em uma causa antipática, a defesa do motoboy suspeito de ser o "maníaco do Parque".
Veja — O senhor Francisco de Assis Pereira admitiu ter matado nove mulheres, entre as quais a jovem Isadora Fraenkel. O que a senhora tem a dizer sobre isso?
Maria Elisa Munhol — É interessante que essa confissão entre aspas tenha sido obtida por vocês. Eu não sou psiquiatra, mas minha experiência indica que Francisco deve ter o que os especialistas chamam de "transtorno de personalidade". Não descarto a hipótese de ele ter feito essa confissão como forma de aparecer mais, de se tornar uma grande estrela, de virar um grande astro. Aliás, esse exibicionismo pôde ser facilmente verificado por ocasião da entrevista coletiva que Francisco deu em sua chegada a São Paulo. Ele falou sem parar e estava evidentemente muito à vontade nessa atuação. É claro que tem um enorme desejo de aparecer, de ser valorizado. Se esse tipo de "transtorno de personalidade" ficar comprovado, a confissão que vocês têm em mãos não é digna de confiança nem de crédito.
Veja — A senhora está dizendo que Francisco, que admite as mortes, mente para aparecer. Por que não acreditar que ele esteja mentindo ao se dizer inocente?
Maria Elisa — Já sabemos aonde levam os pré-julgamentos que a imprensa tanto gosta de fazer. Veja o caso da Escola Base, ou do crime do Bar Bodega, ou do professor Leonardo de Castro, acusado de colocar a bomba no avião da TAM, ou do funcionário público Jorge Mirândola, acusado de enviar uma carta-bomba ao Itamaraty. Todos os acusados foram destruídos covardemente. Quando a verdade veio à tona, essas vidas já estavam no precipício.
Veja — Mas e o reconhecimento das vítimas que sobreviveram ao maníaco? E a coincidência de a jovem Isadora desaparecer e Francisco logo em seguida estar usando cheques dela? Isso, mais a confissão, não faz sentido?
Maria Elisa — A confissão é chamada nos meios jurídicos de "prostituta das provas". É assim exatamente porque depende de subjetividades imensas. Por outro lado, os reconhecimentos que foram feitos até o momento só aconteceram por intermédio de fotografias ou imagens de televisão. O reconhecimento pessoal ainda não foi feito. E, mesmo esse, é sujeito a dúvidas grandes. O Francisco tem um tipo físico igual ao de milhões de brasileiros. E, atenção, não possui um detalhe que a polícia dizia ser fulcral ao reconhecimento: a falha na sobrancelha. Do que estamos falando, então? É preciso ter muita cautela, porque, se devemos respeito às vítimas e seus parentes, também o devemos à mãe do suspeito e ao próprio suspeito. Antes de apontarmos o dedo acusando alguém de uma prática, precisamos refletir em cima dos laudos periciais, dos pareceres técnicos. A inocência presumida é um princípio constitucional.
Veja — A senhora acha que seu cliente é, então, apenas um mentiroso inocente?
Maria Elisa — Ontem, o Francisco prestou um depoimento de sete horas consecutivas, no qual admitiu que mantinha práticas sexuais não usuais. Eu não sou especialista nessa área, mas tenho claro que ele necessita de ajuda psiquiátrica. Daí a julgá-lo automaticamente culpado dos crimes de que o acusam vai uma distância longa. Se, lá na frente, ficar comprovada a responsabilidade dele por intermédio dos laudos e perícias, então teremos uma outra luta: aquela que visa garantir aos portadores de transtornos de personalidade o direito de ser tratados. Execrá-los, pura e simplesmente, é desumano.
Veja — A senhora conversou com Francisco em várias oportunidades desde que ele foi preso. Repito a pergunta: ele é inocente?
Maria Elisa — Eu busco a justiça.

Elisângela, 21 anos:
passeio no shopping
Elisângela Francisco da Silva tinha 21 anos. Paranaense, filha de uma família pobre de Londrina, vivia em São Paulo, com a tia Solange Barbosa, desde 1996. Por causa das dificuldades financeiras, abandonou a escola na 7ª série. Às 6 horas da tarde de 9 de maio, ela foi deixada por uma amiga no Shopping Center Eldorado, na Zona Oeste de São Paulo. Nunca mais foi vista. Seu corpo foi encontrado em 28 de julho, no Parque do Estado. Ela estava nua. O corpo já decomposto exigiu um árduo trabalho de identificação. O reconhecimento só aconteceu três dias depois. "Eu tinha esperança de que não fosse ela", diz a tia. Era. Elisângela era conhecida pela timidez excessiva. Diante do olhar mais detido de um desconhecido, sempre abaixava o rosto. Pertencia à Igreja Batista, mas recentemente freqüentava a igreja Deus É Amor. "Aceitei Jesus", justificava. Em casa, ajudava nos cuidados com a pequena Letícia, de 3 anos, filha de uma de suas primas. Desde a morte de Elisângela, a menina, vira e mexe, pergunta pela moça. Ao passar pelo shopping, Letícia aponta e chora: "Lisângela ficou aqui! Lisângela ficou aqui!" No dia de seu desaparecimento, Elisângela saiu de casa dizendo que voltaria dali a duas horas.
Raquel Rodrigues, 23
anos: "É, eu não vou"
A grande ambição de Raquel Mota Rodrigues, de 23 anos, era ganhar dinheiro para ajudar a família, que vive em Gravataí, no Rio Grande do Sul. "Era uma moça muito ingênua", diz a prima Lígia Crescêncio, com quem Raquel morava desde o final de 1997. "Acreditava muito facilmente nas pessoas." Nos finais de semana, Raquel costumava freqüentar barzinhos com três amigas. Nunca chegou em casa depois da meia-noite. Por volta das 8 horas da noite de 9 de janeiro, ela saiu da loja de móveis onde trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista. Ao desembarcar na Estação Jabaquara do metrô, já quase em casa, telefonou para a prima. Avisou que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele em Diadema, na Grande São Paulo. "Disse que era melhor ela não ir", lembra Lígia. Era muito arriscado sair com um desconhecido. "É, eu não vou", respondeu a garota. Raquel nunca mais apareceu. Seu corpo foi encontrado no matagal do Parque do Estado no dia 16 de janeiro. Poucos dias antes de morrer, Raquel estava extremamente feliz. Acabara de arrumar um novo emprego. Trabalharia numa loja de móveis maior, onde as comissões seriam mais polpudas.
Selma, 18 anos: sonho
de cursar a faculdade
Na quinta-feira passada, Selma Ferreira Queiroz completaria 18 anos. Moça simples, a mais nova de três irmãs, pretendia terminar os estudos (estava na 7ª série do 1º grau) e fazer faculdade de ciências contábeis ou computação. Os planos de Selma, contudo, foram interrompidos na tarde de 3 de julho. Entre sua casa, na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, e o centro da capital paulista, onde trataria das formalidades referentes a sua demissão como balconista de uma rede de drogaria, ela desapareceu. Era uma sexta-feira. No dia seguinte, um homem telefonou para Sara, irmã de Selma. Informou que a moça havia sido seqüestrada. Pediu um resgate de 1.000 reais. Voltaria a ligar no final da tarde. Não ligou. Nesse mesmo dia, o corpo de Selma foi encontrado no Parque do Estado. Estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas, havia marcas de mordidas. No rosto, a feição da dor. Selma morreu estrangulada. O último sinal de vida da garota foi para o namorado. Às 3 da tarde de sexta, de um telefone público, ela avisou que não chegaria a tempo para assistir ao jogo do Brasil contra a Dinamarca com ele. Mas que estava a caminho de casa.
Patrícia, de 24 anos:
bijuterias na mata
Aos 24 anos, Patrícia Gonçalves Marinho nunca revelara à família o sonho de ser modelo. Adorava, no entanto, posar para fotografias ao lado de parentes e amigos. Vendedora, era uma moça alegre, comunicativa. Fazia amizade com muita facilidade, em grande parte porque tinha uma confiança ingênua nas boas intenções de todo mundo, mesmo desconhecidos. No dia 17 de abril, ela saiu da casa da avó Josefa, com quem morava. Desapareceu. Seu corpo só foi descoberto em 28 de julho. Estava jogado numa área erma do Parque do Estado. Devido ao avançado estado de putrefação, a identificação de Patrícia só foi possível porque ao lado do corpo foram encontradas roupas e bijuterias da moça. Foi estuprada. Morreu por estrangulamento. Patrícia foi enterrada no Cemitério de Vila Formosa, em São Paulo, no último dia 5. Durante os serviços fúnebres, o clima entre parentes e amigos de Patrícia era de muita revolta. Alívio também — um dia antes, Francisco havia sido preso. "A simplicidade e ingenuidade de minha filha devem ter facilitado a abordagem do assassino", disse o pai da garota, o motorista particular João Severino Marinho.
Fotos: Álbum de Família

O reencontro
de Francisco
com os pais:
choro de criança
Foto: Alex Ribeiro/Folha Imagem 
Em seu diário, Francisco escreve sobre conquistas amorosas, romances impossíveis e momentos de muita agressividade. Tudo se mistura em frases repletas de erros de ortografia: "Princeza encantadora que me faz sonhar.  de pensar nela me dá vontade de chorar de gritar de alegria ti amo muito". Em 6 de abril de 1996, na casa dos pais em Guaraci, interior de São Paulo, ele escreveu: "Quando lembro daqueles momentos fico completamente excitado, malvado, carente, as coisas se englobam de uma só vez (...) Janete Nogueira Lemos pra achar alguém como você não sera fácil mas estou procurando uma criança de 12 ou 13 anos para que eu possa dominala como dominei você".

O terror das mortes em série

Chico Picadinho,
São Paulo, 1966 e
1976: duas
esquartejadas
 Charles Manson, Estados Unidos, 1969: sete mortos, entre eles a atriz Sharon Tate
 Henry Lee Lucas, Estados Unidos, de 1976 a 1983: 140 cadáveres
Fortunato Botton
Neto, São Paulo, de
1987 a 1989:
treze homossexuais
 Jeffrey Dahmer, EUA, 1991: matou dezessete rapazes e comeu seus órgãos
Marcelo de Andrade,
Rio de Janeiro, 1991:
estupro e degola de
catorze crianças
 Frederick West, Inglaterra, de 1969 a 1994: doze mulheres e meninas
 Marc Dutroux, Bélgica, de 1989 a 1996: violentou seis crianças e matou quatro
Fotos: Marisa Ochiyama/Oscar Cabral/Carlos Namba
Com reportagem de Laura Capriglione, Cristine
Prestes, de Porto Alegre, Angélica Santa Cruz,
Samarone Lima e Glenda Mezarobba


Copyright © 1998, Abril S.A.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

MÉTODOS DE EXECUÇÃO

Material do Serial killer de Ilana Casoy

ENFORCAMENTO

È o mais antigo método de execução para criminosos.
O criminoso é levado a subir num suporte sobre uma plataforma. Uma corda especial com um nó corrido é colocada em volta de seu pescoço.
O suporte sob os pés do criminoso é retirado, provocando sua queda, e seu pescoço é quebrado, levando-o à morte instantânea.
O método de enforcamento originou-se na Pérsia, de onde foi trazido para a Inglaterra.
Nos EUA, ainda é uma forma de execução utilizada em Montana, New Hampshire e Washington.

CADEIRA ELÉTRICA

Esta forma de execução tem sido utilizada apenas nos EUA e foi introduzida em 1890.
O prisioneiro é amarrado numa cadeira com firmeza, e um “capacete da morte”, contendo eletrodos que irão executá-lo, é colocado em sua cabeça previamente raspada. Entre o capacete e a pele é colocada uma esponja molhada com solução salina, para condução melhor da eletricidade e a prevenção de queimaduras.
Outro eletrodo é atado ao tornozelo do criminoso, e o executor solta uma descarga elétrica de 2250 volts.
A descarga elétrica atravessa o corpo do condenado de cima a baixo. Fica ligada por 3 segundos e é repetida mais quatro vezes no espaço de dois minutos.

CÂMARA DE GÁS

Também foi primeiramente utilizada nos EUA, no Estado de Nevada, em 1921. O condenado é levado para dentro da câmara, sentado numa cadeira e tem seus braços e pernas amarrados. Depois que a câmara é selada, cianeto é jogado dentro de um balde com água, produzindo um gás mortal. Se o prisioneiro quiser morrer mais rápido, ele pode fazer profundas inspirações para perder a consciência mais rapidamente.
Em dois minutos ou menos de inalação do gás cianídrico, a morte é certa. Um médico, de fora da câmara, monitora o executado com um estetoscópio especial e pronuncia sua morte. Depois, a câmara de gás é borrifada com amônia para destruir qualquer resquício do gás letal. Ainda é utilizada em cinco estados americanos.

INJEÇÃO LETAL

O criminoso é amarrado em uma maca especial, e um soro colocado em suas veias. A identidade dos executores sempre é mantida em sigilo, e é um trabalho voluntário.
Uma vez iniciado o processo de execução por injeção letal, todas as testemunhas da execução, através de uma janela, observaram a dose de “sódium pentathol”, um anestésico, ser ministrada em sua veia, automaticamente. Esta droga faz o condenado dormir pela última vez.
Em seguida, o “pancuronium bromide” começa a ser injetado, para que seu aparelho respiratório seja paralisado. Na seqüência, entra automaticamente em suas veias o cloreto de potássio, para parar seu coração. O processo todo não deve demorar mais que 5 minutos…
 
PELOTÃO DE FUZILAMENTO

Este método de execução dispensa maiores explicações, e só é utilizado em dois estados americanos: Idaho e Utah.
O último condenado executado por fuzilamento nos EUA foi Gary Gilmore, em1977,
que escolheu esta forma de morrer, recusando-se a apelar e passar a vida no corredor da morte. Ele mesmo exigiu sua execução. Foi amarrado à uma cadeira e vendado. Apenas uma das armas dos executores está carregada com festim, mas nenhum dos oficiais sabe qual delas. Assim, mais tarde, nenhum deles se sentirá culpado por executar alguém, uma vez que não se sabe de qual arma as balas verdadeiras saíram.

Ilana Casoy - Especialista em assassinos em série

Blog Serial Killers de Ilana Casoy - Especialista em Serial killers

Serial Killers

Definições
 
Matador em Massa: Mata quatro ou mais vítimas em um só local, num só evento. Em geral, sua explosão de violência é dirigida para o grupo que supostamente o oprimiu, ameaçou ou rejeitou.

Serial killer: São indivíduos que cometem uma série de homicídios com um intervalo entre eles, durante meses ou anos, até que seja preso ou morto. As vítimas têm o mesmo perfil (prostitutas, mochileiros, crianças, idosos) e mesma faixa etária, sexo, raça etc. As vítimas são escolhidas ao acaso dentro deste perfil e mortas sem razão aparente; ela é objeto da fantasia do serial killer.

Spree Killer: (Matador Impulsivo) As vítimas dele estão no lugar errado, na hora errada. O criminoso mata várias pessoas num período de horas, dias ou semanas, e não passa por fases e se acalma até precisar matar novamente. Ele pode parar de matar tão rápido quanto começou.

Conheça alguns Serial Killers pelo Brasil

1 -Pedro Rodrigues Filho – “Pedrinho Matador” ou “Pedrinho da Cartucheira”
Número de vítimas: em pesquisa
São Paulo, 1967 a 2001.

2-Francisco das Chagas Rodrigues de Brito – “Meninos Emasculados do Maranhão”
Número de Vítimas: 42
Altamira, São Luís, 1989 a 2004.

3-Ibrahim e Henrique de Oliveira – “Os Irmãos Necrófilos”
Número de vítimas: 15 +
Rio de Janeiro, 1991 a 1995.

4-Alexandre Gomes Rodrigues – (Vampiro)
Número de vítimas: 15 +
Minas Gerais, 1960.

5- Cláudio de Souza – “Maníaco da Lanterna” (confesso + investigação de +1)
Número de vítimas: 15+
Cuiabá, 2004 a 2008.

6- Aclides Marcelo Gomes – “Menino Mau”
Número de vítimas: 14+
Cuiabá/Várzea Grande-MT, 1999 a 2001.

7- “Maníaco do Arco Iris” (Em investigação)
Número de vítimas: 14+
São Paulo, 2007.

8-Marcelo Costa de Andrade – “O Vampiro de Niterói”
Número de vítimas: 13+
Rio de Janeiro, 1991 e 1992.

9-Adriano da Silva – “O Monstro de Passo Fundo”
Número de vítimas: 12
Rio Grande do Sul, 2002 a 2004.

10-“Estrangulador de Guarulhos” – Em investigação
Número de vítimas: 10 +
São Paulo, desde 2002.

11-Eudóxio Donizete Bento
Número de vítimas: 10
Presidente Prudente, 2000.

12-José Paz Bezerra – “Monstro do Morumbi”
Número de vítimas: 10 +
São Paulo, 1970.

13- Osvaldo de Paula Silva – “Buikinho”
Número de vítimas: 11+
Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, 1970 a 1991

14-“Maníaco de Belo Horizonte” – Em investigação
Número de vítimas: 9 +
Minas Gerais, indeterminado.

15-“Maníaco de Araguari” – Em investigação
Número de vítimas: 9 +
Minas Gerais, desde 2003.

16 -Benedito Moreira de Carvalho – “O Monstro de Guaianases”
Crimes contra 29 vítimas: dez estupros seguidos de homicídio, nove estupros, um atentado violento ao pudor, um atentado ao pudor, seis tentativas de estupro, uma tentativa de estupro e homicídio e um homicídio.
São Paulo, 1950 e 1953.

17-Anestor Bezerra de Lima – “O Matador de Taxistas”
Número de vítimas: 9 +
São Paulo e Minas Gerais, 2004.

18-Cláudio de Souza – (Matador de Casais)
Número de vítimas: 9 +
Mato Grosso, 2001.

19-Douglas Baptista – “O Maníaco de Santos”
Número de vítimas: 8 +
São Paulo, 1992.

20-Dener Pedroso Galvão – “O Coiote”
Número de vítimas: 8 +
Cuiabá, 2004 e 2005.

21-Wanderley Antonio dos Santos – “O Mestre Cão”
Número de Vítimas: 7 +
Rio de Janeiro, 1995.

22-Fortunato Botton Neto – “O Tarado do Trianon”
Número de vítimas: 7 +
São Paulo, 1986 a 1989

23-Francisco de Assis Pereira – “Maníaco do Parque”
Número de Vítimas: 7 +
São Paulo, 1997 e 1998.

24-Paulo Sérgio Guimarães – “Maníaco da Praia do Cassino”
Número de vítimas: 7
Rio Grande do Sul, 1998.

25-Eliomar Ferreira da Silva – “Alemão”
Número de vítimas: 7 +
Vila Velha, Barra de São Francisco e Cariacica, ES – 1998 a 2010

26-Cirineu Carlos Letang – “O Matador de Travestis”
Número de vítimas: 6 +
São Paulo, 1992 e 1993.

27-Osvaldo Sônego – “O Tarado de Tatuí”
Número de vítimas: 6 +
São Paulo, 1996.

28-Laerte Patrocínio Orpinelli – “O Andarilho de Rio Claro”
Número de vítimas: 6 +
São Paulo, 1996 e 1997.

29-José Vicente Matias – “Corumbá”
Número de Vítimas: 6 +
Goiás, Maranhão, 2000.

30-Roberto Marcelo Paiva Ramos – (Assassino de Turistas)
Número de vítimas: 6 +
Bahia, 1997 a 2006.

31- Paulo José Lisboa – “Maníaco da Corrente” (condenado por 6 e suspeito de + em Vitória)
Número de vítimas: 6+
SP, Espírito Santo, 1998.

32 – Adimar Jesus da Silva – “Maníaco de Luziânia”
Número de vítimas: 6+
GO, Luziânia, 2010.

33-Roberto Severino da Silva – “O Justiceiro do Jardim Vassoura”
Número de vítimas: 5 +
São Paulo, 2001.

34-André Luiz Cassimiro – “O Estrangulador de Juiz de Fora”
Número de vítimas: 5 +
Minas Gerais, 1995.

35-Edson Isidoro Guimarães – “O Enfermeiro da Morte”
Número de vítimas: 5 +
Rio de Janeiro, 1999.

36-Édson Barbosa Alves – (Estuprador e Assassino de Mulheres)
Número de vítimas: 5 +
São Paulo, 2006.

37-Lúcio Mauro Fabiano – “Mineiro – Esquartejador de Mulheres”
Número de vítimas: 5 +
Maranhão, 1995.

38- Sérgio Brasil Rolim – “O Maníaco de Cariri”
Número de Vítimas: 5 +
Ceará, 2002.

39- Marcos Antunes Trigueiro – “Maníaco de Contagem”
Número de vítimas: 5+
Contagem, MG, 2009.

40 – João Acácio Pereira da Costa – “O Bandido da Luz Vermelha”
Acusação: 77 assaltos, dois homicídios, dois latrocínios e sete tentativas de morte. Suspeita-se de que ele tenha estuprado mais de 100 mulheres.
São Paulo, década de 1960.

41-Abraão José Bueno – (Matador de Crianças)
Número de vítimas: 4 +
São Paulo, 2005.

42-Sérgio Antônio Baptistella – “O Maníaco do Raio X”
Número de Vítimas: 4 +
Rio de Janeiro, 1998.

43- Eildo Saraiva de Britto – “Maníaco do Grajaú”
Número de vítimas: 4 +
São Paulo, 2001.

44-Francisco de Marco – “Chico Vidraceiro”
Número de vítimas: 4 +
São Paulo, 1984.

45-José Augusto do Amaral – “O Preto Amaral”
Número de vítimas: 3 +
São Paulo, 1926.

46-“Maníaco do ABC” – Em investigação
Número de vítimas: 3 +
São Paulo, desde 2005.

47-“Assassino de Padres” – Em investigação
Número de vítimas: 3 +
Minas Gerais, desde 2005.

48-Adilson do Espírito Santo – “Radiola” ou “O Monstro de Plataforma”
Número de vítimas: 3
Bahia, 1984.

49-Irineu Carlos Nórdio – “Maníaco do Serrote”
Número de Vítimas: 3 +
Santa Catarina, 1999 e 2000.

50-Jailson Nunes do Amaral – (Assassino de Idosas)
Número de vítimas: 3 +
Rio de Janeiro, 2003.

51-André Barboza – ‘Monstro da Ceasa’
Número de vítimas: 3 + uma tentativa
Belém, 2006 a 2008.

52-Sebastião Mariano da Silva – “Quincas”
Número de vítimas: 3
Sorocaba, 1998 a 2004.

53 – Lourival Donizete da Silva – “Matador de Mulheres” (foragido)
Número de vítimas: 3+
São José dos Campos, Atibaia, 1996 a 2005.

54-Febrônio Indio do Brasil – “Filho da Luz”
Número de vítimas: 2 +
São Paulo, 1927.

55- “Maníaco da Cruz” (menor)
Número de vítimas: 3+
Campo Grande, 2008.

56 -Mizael Pereira da Silva – “O Maníaco da Bicicleta”
Número de vítimas: 2 +
Rio Grande do Norte, 1998.

57-José Aírton Pontes – “O Missionário”
Número de vítimas: 2 +
Acusado de agir em: (PR, SC, SP, MG, MS, MT, RO, GO, TO e RJ), 1975 a 2005.

58-Francisco Costa Rocha – “Chico Picadinho”
Número de vítimas: 2
São Paulo, 1966 e 1976.

59 – Ademir Oliveira do Rosário – “Maníaco da Serra da Cantareira”
Número de vítimas: 2 +
São Paulo, 2007.

60 – Leandro Basílio Rodrigues – “Maníaco de Guarulhos”
Número de vítimas: Em investigação
SP, RJ e MG, 2006 a 2008.