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terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Barba Azul

Material do blog Beatriz Voorhees



Barba Azul - Henri Désiré Landru (1869-1922) 

Foi um assassino em série Francês, que recebeu o apelido de Barba Azul pela imprensa.



Nascido em Paris, após deixar a escola ele passou quatro anos no Exército. 
Ele seduziu uma prima e teve uma filha com ela, mas se casou com outra (dois anos depois), com quem teve quatro filhos. Sofreu um golpe financeiro, aplicado por um falso patrão, o que o enfureceu e provavelmente lhe serviu de inspiração. 
Em 1900 foi condenado a dois anos por fraude envolvendo viúvas. Foi a primeira de várias outras condenações.
Em 1914 Landru ficou viúvo e começou a trabalhar meio-período como comerciante de móveis. Nessa época ele resolveu colocar anúncios nos jornais de Paris buscando atrair viúvas para encontros com "intenção de matrimônio". Por causa da 1ª Guerra Mundial, grande quantidade de homens se alistaram e eventualmente morriam durante o serviço militar, deixando suas mulheres viúvas que Landru pretendia assediar.



Landru usava uma grande variedade de lugares para atrair as mulheres. Primeiro ele seduzia e forjava documentos para se apoderar de seus bens. 
Depois as matavas (no inicio por estrangulamento). Como queimava os corpos e usava documentos falsos, as mulheres eram listadas como "desaparecidas", confundinco a polícia.



De 1914 a 1918, Landru eliminou 11 vítimas: 10 mulheres e 1 filho adolescente de uma delas. 



Em 1919, a irmã de uma das vítimas (Madame Buisson), denúnciou o desaparecimento de sua irmã. Ela não sabia o nome verdadeiro de Landru, mas conhecia a aparência do assassino. Com essas indicações a polícia chegou a Landru. Mas não conseguiram provar os assassinatos, pois não foram localizados os corpos. 



Foi encontrado os recortes dos anúncios e as correspondências enviadas e recebidas, inclusive para Madame Buisson, combinadas com outros documentos. A polícia entrevistou 
os parentes das vítimas. 
Em 1919 a polícia conseguiu propor a pena de morte para Landru.



Durante o julgamento, Landru entregou a seu advogado um bilhete com um mapa de sua casa rabiscado. O desenho sugeria que as provas do crime foram queimadas no fogão. O rascunho foi interceptado pela acusação e usado como parte de sua confissão.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

John Wayne Gacy - O Palhaço Assassino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
John Wayne Gacy
Nascimento 17 de março de 1942
Chicago, Estados Unidos
Morte 10 de maio de 1994 (52 anos)
Crest Hill, Estados Unidos
Ocupação Assassino em série

John Wayne Gacy (17 de março de 1942 - 10 de maio de 1994), foi um assassino em série americano, conhecido como o "palhaço assassino". Acusado de matar pelo menos 29 garotos, foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte.

História

Em 1978, a polícia de Illinois, Chicago, efetuou uma busca na casa n° 8975 da West Summerdale Avenue, interrogando seu morador, John Wayne Gacy, palhaço amador e muito querido pelas crianças da cidade, o tipo de pessoa, pensava-se, que dificilmente cometeria algum crime. Erro fatal.
Antes de ir embora, um dos policiais estranhou um cheiro desagradável na casa; "É só um entupimento nos canos de esgoto", explicou Gacy. Mas os policiais decidiram investigar mesmo assim. No porão, sob um alçapão oculto, foram encontrados os restos de vinte e nove garotos entre nove e vinte e sete anos, com sinais de tortura, violências sexuais e estrangulamento.

A Origem do "Palhaço Assassino"

John Wayne Gacy Jr., nascido em Chicago em 1942, teve uma infância traumática: era espancado e chamado de "bichinha" pelo pai alcoólatra, sofreu um traumatismo craniano aos 15 anos, e em 1968 foi preso por estar praticando atos sexuais com um jovem no banheiro de um bar. Gacy começou a matar em 1972, e suas vítimas eram todas do sexo masculino. Os rapazes recebiam propostas de emprego, iam até a casa de Gacy, eram embebedados, amarrados em uma cadeira e violentados.

Condenação

Em 1988, Gacy foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte. Enquanto aguardava no Corredor da Morte do Menard Correctional Center de Illinois, Gacy - apelidado pela imprensa de "Palhaço Assassino" - passava o tempo fazendo desenhos infantis, especialmente palhaços. Suas ilustrações são consideradas itens de coleção, e alcançam altos preços no mercado.

Citações

They were just a bunch of worthless little queers and punks. ("Eles eram um bando de gays e vagabundos inúteis")
sobre suas vítimas
Kiss my ass. ("Beije minha bunda")
para o guarda, quando questionado sobre suas últimas palavras antes da execução.[1]

Curiosidades

  • O ex-tecladista da banda de Marilyn Manson usou parte do nome de John para sua "nova identidade": Madonna Wayne Gacy.
  • A casa de Gacy (que foi demolida) foi reconstruida 3 anos após o fim dos assassinatos, mas, mesmo assim, a casa continua desabitada.
  • A banda brasileira John Wayne tem esse nome como referência a John Wayne Gacy.
  • Sufjan Stevens gravou a música "John Wayne Gacy Jr" no disco Come On Feel the Illinoise (2005).

Referências

  1. Lohr, David; Crime Magazine (05/08/01). Boy Killer: John Wayne Gacy. Página visitada em 23/09/2008.
  • A banda Acid Bath usou como referência uma das pinturas de palhaço de John Wayne na capa do disco When the Kite String Pops.
  • A banda Matinta Perera também criou uma musica chamada John Wayne Gacy (Palhaço Assassino, (Você pode encontrar essa musica nesse site http://matintaperera.tnb.art.br/ )

Ligações externas

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 Material do blog Metamorfose digital

John Wayne Gacy: o palhaço assassino

John Wayne Gacy: o palhaço assassino
Ainda que a primeira vista John Wayne Gacy se mostrasse uma pessoa cordial e educada, em seu interior se escondia uma alma impiedosa capaz de cometer os crimes mais atrozes e inimagináveis. Os psicólogos apontaram como possível causa de seu transtorno uma artéria cerebral estourada produto de um tombo de cabeça no jardim de sua casa.

A imagem abaixo é da Campanha de Anistia Internacional de Porto Rico: "John Wayne Gacy foi acusado de torturar, sodomizar e assassinar a 33 homens com idade entre nove e vinte anos. Em 1980 um júri resolveu seu caso".
John Wayne Gacy: o palhaço assassino
John Wayne Gacy: o palhaço assassinoSeu "modus operandi" seguia alguns parâmetros muito claros. John costumava dirigir seu carro pelos arredores da cidade em busca de jovens pedindo carona, garotos solitários ou prostitutos homossexuais. Seguidamente oferecia para levá-los para alguma zona de bares próxima. Uma vez dentro do carro atacava-os com clorofórmio ou apontava uma pistola e levava-os para sua casa para sodomizá-los e agredi-los sexualmente.

Quando o corpo da vítima já não mais respondia enterrava no jardim de sua casa que, depois de 23 cadáveres ficou pequeno. A partir daí começou a atirar os corpos das vítimas no rio.


Os crimes
Em 22 de maio o homem que conquistou o cargo de vereador(também postulado por John), Jeffrey Rignall, saiu para tomar uns drinques. Um carro cortou-lhe o caminho e se ofereceu para levar-lhe até a região dos barzinhos...

Rignall aceitou o convite sem suspeitar o que aconteceria em seguida. John Wayne Gacy atacou-lhe com clorofórmio e a seguinte imagem que Rignall viu foi John nu em sua frente exibindo uma impressionante coleção de objetos de tortura sexual. Rignall passou toda a noite aprendendo na própria carne a dolorosa teoria que seu seqüestrador ia explicando-lhe em pormenores.

John Wayne Gacy: o palhaço assassinoÀ manhã seguinte, o jovem torturado e traumatizado apareceu cheio de feridas e com o fígado destroçado pelo clorofórmio diante da estátua de Lincoln Park em Chicago. Teve a sorte de ainda estar vivo. Em apenas seis anos, 33 jovens como ele viveram a mesma experiência.

O surpreendente de tudo isto, é que uma vez cumprido seu ritual enterrava os corpos no mesmo jardim de sua casa onde organizava as festas mais conhecidas do bairro. Numa ocasião chegaram a festejar ali mais de trezentas pessoas.

As pessoas saiam de sua casa comentando duas coisas: como era agradável aquele homem e o mau cheiro que exalava de seu jardim. Sua segunda esposa estava convencida de que embaixo dos encanamentos de sua casa tinha um ninho de ratos mortos. Ele assegurava que o cheiro era de uma rede de esgoto próxima dali...


Captura e condenação

Em dezembro de 1978, a mãe de um jovem de 15 anos, Robert Piest, começou a impacientar-se ao ver que ele não regressava do trabalho. O garoto ganhava um dinheiro como ajudante numa farmácia e tinha uma entrevista de emprego com John Wayne Gacy naquele dia.

John Wayne Gacy: o palhaço assassinoO desaparecimento foi comunicado urgentemente à polícia, que intimou Gacy, que se apresentou às autoridades e negou qualquer relação com o garoto.

Depois de uma árdua luta burocrática, a polícia conseguiu uma ordem de busca e uma vez que entraram em sua casa encontraram o mais completo arsenal de instrumentos de tortura jamais visto. Não precisou muito para que Gacy confessasse e entregasse à polícia um completo mapa onde jaziam 23 dos 33 cadáveres.

Em fevereiro de 1980 começou o julgamento pelos crimes cometidos. Em 1988 foi condenado a 21 prisões perpétuas e a 12 penas de morte.

Durante os anos que esteve na prisão se dedicou à pintura cujos quadros chegaram a ter um valor de mais de 300 mil dólares. Ademais concedeu diversas entrevistas nas qual chamava sua vítimas de "viadões" e escória da humanidade.

Em nove de maio de 1994 depois de ter ingerido camarão, frango, batatas e morangos foi executado com uma injeção letal. Suas últimas palavras foram:

- "Beijem meu cu! Nunca saberão onde estão enterrados os demais".


Curiosidades:

- A cela onde esteve Gacy ficou preso foi usada recentemente para rodar a aclamada série Prison Break.

- Jonathan Davis, vocalista da banda Korn, comprou o traje de palhaço de Gacy.

- O ex-tecladista da banda de Marilyn Manson usou parte do nome de John para sua "nova identidade": Madonna Wayne Gacy.



Alberth Fish - O Bicho-papão

 Ao ser condenado à cadeira elétrica, agradeceu ao juiz pela sentença!!!

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Albert Fish

Albert Hamilton Fish (19 de Maio de 187016 de Janeiro de 1936) foi um pedófilo sado-masoquista, serial killer e canibal. É também conhecido como Gray Man, Werewolf of Wysteria (Lobisomem de Wysteria), the Brooklyn Vampire (Vampiro de Brooklyn) e The Bogeyman (Papão). Fish gabou-se de ter “tido crianças em cada estado” e afirmou que molestou cerca de cem crianças. Durante a sua vida foi apenas suspeito de cinco mortes. Fish confessou três homicídios e ter atacado duas outras pessoas. Foi também julgado pelo rapto e assassinato de Grace Budd. Fish foi condenado à cadeira eléctrica.

Biografia

Albert Fish nasceu em Washington em 1870. O seu pai tinha quarenta e três anos a mais que sua mãe e vários membros da sua família tinham doenças mentais, sendo que possuía um tio que sofria de fixações religiosas.
Quando Fish tinha 5 anos, seu pai sofreu um ataque cardíaco e a mãe deixou-o num orfanato. No orfanato ele era frequentemente agredido. Fish descobriu que gostava da dor física e começou a ter erecções quando era agredido, o que o influenciou a gostar do sadomasoquismo. Aos 7 anos sua mãe o tirou de lá porque havia conseguido um emprego.
Aos 9 ele caiu de uma cerejeira e machucou-se seriamente na cabeça, o que mais tarde causara dores de cabeça e pequenos problemas mentais (é muito comum acontecer isso entre os assassinos em série na infância).
Em 1882, aos 12 anos, Fish começou uma relação homossexual com um rapaz que trabalhava no telégrafo, que o incentivou a beber urina e a praticar coprofagia. Fish começou a visitar casas-de-banho públicas onde observava rapazes a despirem-se e aí passava grande parte dos seus fins-de-semana.
Em 1898 a sua mãe arranjou-lhe casamento com uma rapariga nove anos mais nova. Eles tiveram seis filhos: Albert, Anna, Gertrude, Eugene, John e Henry Fish.
Um ano depois, aos vinte anos mudaram-se para Nova York, onde começou a ter relações sado-masoquistas homossexuais. Em Nova York ele começou a estuprar crianças e participar de "atividades bizarras". Fish começou a trabalhar como pintor e continuava a molestar rapazes, a maioria com menos de seis anos.
Um dia, um dos seus amantes masculinos levou-o a um museu de cera, onde Fish ficou fascinado com a bissetriz de um pénis. Pouco depois desenvolveu um interesse móbido por castração. Durante uma relação com um homem mentalmente retardado, Fish tentou castrá-lo, mas o homem assustou-se e fugiu.
Fish começou a intensificar as suas idas a bordéis, onde podia ser chicoteado e agredido. Em 1903 foi preso por desfalque e cumpriu a sua pena em Sing Sing Correctional Facility, onde tinha relações sexuais com outros presos.
Em Janeiro de 1917 a sua mulher deixou-o por John Straube. Depois disto, Fish começou a ouvir vozes. Uma vez enrolou-se numa carpete, explicando que estava a seguir instruções do apóstolo João.
Por volta desta altura Fish tinha uma grande necessidade de masoquismo: pegava em bolas de algodão, embebia-as em álcool e pegava-lhes fogo no seu ânus, começou a espancar-se a si mesmo com um remo e espetava agulhas no seu corpo, entre o seu recto e o seu escroto. Normalmente ele retirava-as, mas começou a inseri-las tão profundamente que já não as conseguiu tirar. Raios X feitos posteriormente revelaram 29 agulhas na sua região pélvica.
Aos 55 anos começou a sofrer alucinações e ilusões. Fish acreditava que Deus lhe ordenava para torturar e castrar rapazes pequenos. Os médicos afirmaram que Fish sofria de uma psicose religiosa.
Em 1910 começou uma onda de homicídios. Atacou Thomas Bedden, em Wilmington, Delaware. Depois apunhalou um menino mentalmente retardado em 1919 Georgetown, Washington, D.C.. As suas vítimas preferidas eram meninos com doenças mentais ou negros, que ele achava que não seriam procurados.
Por volta de 1920 Fish viajou por 23 estados americanos pintando casas, ele via nesse trabalho como a perfeita oportunidade para cometer suas atrocidades às criancinhas. Fish lia frequentemente a bíblia e dizia que a voz de Deus o mandava matar.
Em Julho de 1924, Fish encontrou Beatrice Kiel, de 8 anos, a brincar sozinha na fazenda de seus pais. Fish ofereceu-lhe dinheiro para o ajudar a procurar ruibarbo nos campos vizinhos. Beatrice esteve quase a ir com Fish, mas a sua mãe afugentou-o. Fish voltou à fazenda e tentou dormir no celeiro, mas o pai de Beatrice encontrou-o e Fish foi-se embora.

Grace Budd

No dia 25 de Maio de 1928 Edward Budd põe um anúncio na edição de domingo do the New York World: "homem jovem, 18, deseja a posição no campo. Edward Budd, 406 West 15th Street." Três dias depois, Fish, com 58 anos, visitou a família Budd em Manhattan, sob o pretexto de contratar Edward. Ele apresentou-se como Frank Howard, um agricultor de Farmingdale, Nova York. Foi então que conheceu Grace, irmã de Budd, então com 10 anos. Fish prometeu emprego e Edward e disse que o iria mandar buscar em alguns dias. Na sua segunda visita ele aceitou contratar Budd, e convenceu os pais, Delia Flanagan e Albert Budd I, a deixar a Grace acompanhá-lo a uma festa de aniversário naquela tarde, na casa de sua irmã. Grace saiu com Fish e nunca mais voltou.
A 5 de Setembro de 1930, a polícia prendeu Charles Edward Pope por suspeito pelo rapto. Pope foi acusado pela sua mulher e esteve preso durante 108 dias, entre a sua prisão e o seu julgamento, a 22 de Dezembro de 1930.

A carta

Sete anos depois, em Novembro de 1934, uma carta anónima foi enviada aos pais de Grace Budd:
Querida Mrs. Budd
Em 1894 um amigo meu embarcou no Steamer Tacoma, Capt. John Davis. Eles navegaram de S. Francisco para Hong Kong, China . Quando chegaram lá, ele e dois outros desembarcaram e embriagaram-se. Quando eles voltaram o barco tinha ido. Na altura houve fome na China. A carne de qualquer espécie foi de $1-3 por libra. O sofrimento era tão grande entre os pobres que as crianças com menos de 12 anos eram vendidas para comida, para impedir outros morrerem de fome. Meninos e meninas com menos de 14 anos não estavam seguros na rua. Você pode entrar em qualquer loja e pedir bifes. A parte do corpo nu de um menino ou menina era mostrada e eles tiravam apenas que você queria. As partes de trás de um menino ou menina é a parte mais doce do corpo e é vendido como costeleta de carne de vitela pelo preço mais alto. John ficou lá tanto tempo, que adquiriu gosto pela carne humana. No seu regresso a Nova Iork ele roubou dois meninos, de 7 e 11. Levou-os para casa, depiu-os e atou-os num armário. Depois queimou tudo o que eles tinham. Várias vezes durante o dia e noite ele batia-lhes – torturava-os – para fazer a sua carne mais tenra. Primeiro ele matou o menino de 11 anos, porque ele tinha o rabo mais gordo e naturalmente a maior parte de carne dele. Todas as partes do seu corpo foram cozinhadas e comidas excepto a cabeça – ossos e tripas. Ele foi assado no forno (todo do seu rebo), fervido, grelhado, frito e guisado. O menino mais pequeno foi seguinte, da mesma maneira. Na altura eu vivia em 409 E 100 St, perto deles. Ele dizia-me frequentemente que a carne humana era boa, e eu decidi provar. Num domingo, dia 3 de Junho de 1928, fui chamado por si a at 406 W 15 St. Levei um pote de queijo com morangos. Lanchámos. A Grace sentou-se no meu colo e beijou-me. Decidi-me a comê-la. Sob o pretexto de a levar a uma festa. Tu disseste que sim, que ela podia ir. Eu levei-a para uma casa vazia em Westchester, que já tinha escolhido. Quando chegámos lá, mandei-a ficar fora. Ela apanhou flores silvestres. Eu fui lá para cima e despi toda a minha roupa. Eu sabia que se não o fizesse ficaria com o seu sangue. Quando ficou tudo pronto, fui à janela e chamei-a. Então escondi-me num armário até que ela chegasse ao quarto. Quando ela me viu nu começou a chorar e tentou descer as escadas. Agarrei-a e ela disse que iria contar à mãe. Primeiro despi-a. Como ela lutava – mordia e arranhava. Abafei-a até à morte, depois cortei-a em pequenas partes. Cozinhei e comi. Como era doce e tenro o seu pequeno rabo. Levou-me nove dias para comer todo o corpo. Não a forniquei. Ela morreu virgem.
A senhora Budd não sabia ler, então o seu filho leu-a por ela. Fish admitiu mais tarde ao seu advogado que tinha mesmo violado Grace. Fish era um mentiroso compulsivo, contudo pode ser falso. Ele disse à polícia, que “nunca entrou na sua cabeça” violar a menina.
A carta foi enviada num envelope com um pequeno emblema em forma de hexágono, com as letras "N.Y.P.C.B.A." (New York Private Chauffeur's Benevolent Association). Um zelador da companhia disse à polícia que ele tinha levado alguns artigos de papelaria para casa, mas tinha deixado-os em sua casa no 200 East 52nd Street, quando se mudou. A dona da cada disse Fish tinha deixado o quarto uns dias antes e que o filho de Fish lhe tinha enviado dinheiro e Fish pediu-lhe que guardasse o quarto.
O detective William F. King, esperou pelo regresso de Fish. Mais tarde detiveram Fish, que aceitou ir à sede do interrogatório prestar declarações, mas quando passou a porta investiu sobre King, com uma navalha em cada mão. King conseguiu desarmá-lo e levou-o para a esquadra. Fish não negou o homicídio de Grace Budd, dizendo que foi até à casa do Budd para matar Edward e não Grace.

Descobertas depois da sua prisão

A 11 de Fevereiro de 1927, Billy Gaffney brincava no corredor de fora do seu apartamento com o seu amigo Billy Beaton. Ambos desapareceram, mas o amigo foi encontrado no telhado do apartamento. Quando perguntaram a Beaton o que tinha acontecido a Gaffney, ele respondeu que o papão o tinha levado.
Inicialmente Peter Kudzinowski foi apontado como suspeito da morte do menino. Mas, Joseph Meehan viu a foto de Fish no jornal e identificou-o como o homem que viu a 11 de Fevereiro, tentanto acalmar um rapaz que transportava dentro de um carrinho de compras. O rapaz não queria vestir o casaco e estava a chorar pela mãe. O rapaz foi então arrastado para fora do carrinho. A polícia afirma que a descrição do rapaz corresponde a Billy Gaffney, cujo corpo nunca foi encontrado.
A mãe de Billy visitou Fish na prisão para tentar saber mais detalhes, ao que Fish respondeu “Eu levei-o para Riker Ave. Uma lixeira. Havia uma casa sozinha, não muito longe dali. Eu levei o corpo para aí. Tirei-lhe a roupa, amarreu-lhe os pés e mãos. Queimei-lhe as roupas e atirei os seus sapatos para a lixeira. Voltei e pus o carrinho na 59 St. No dia seguinte levei ferramentas…

Prisões Anteriores

Fish casou a 6 de Fevereiro de 1930, em Waterloo, New York com “Mrs. Estella Wilcox” e divorciou-se uma semana depois. Fish foi detido em Maio de 1930 por “mandar uma carta obscena a uma mulher negra que respondia a anúncios para criada ”. Foi mandado para o hospital psiquiátrico de Bellevue em 1930 e 1931, depois das suas detenções.

Julgamento

O julgamento do homicídio de Grace Budd começou a 11 de Março de 1935, em Nova York. Este julgamento demorou dez dias. Fish alegou insanidade e declarou ouvir vozes de Deus, que lhe diziam para matar crianças. Vários testes psiquiátricos testemunharam sobre os fetiches sexuais de Fish, bem como urofilia, coprofilia, pedofilia e masoquismo.
Um psiquiatra testemunhou a insanidade de Fish, mas o testemunho de Mary Nicholas, sua filha adoptiva de 17 anos alterou esta versão. Mary Nicholas afirmou que Fish tentava introduzir nos seus filhos e filhas em práticas masoquistas e molestação de crianças. O juiz declarou-o são e culpado, e condenou-o à pena de morte.
Depois da sentença, Fish confessou o homicídio de Francis X. McDonnell, de 8 anos, morto em Staten Island. No dia 15 de Julho de 1924, Francis brincava em frente de sua casa. A mãe de Francis viu um velho a passar, abrindo e fechando os punhos. Mais tarde, o velho foi visto novamente a observar Francis e os amigos a brincar. O corpo de Francis foi encontrado num bosque, onde um vizinho tinha visto Francis e o velho passarem. Francis foi assaltado e estrangulado com os seus suspensórios.
Fish foi executado a 16 de Janeiro de 1936, na cadeira eléctrica.

Possíveis vítimas

Fish negou quaisquer envolvimentos com outros homicídios. Contudo é suspeito de 3 outras mortes. O detective William King acredita que Fish é o Vampiro de Brooklyn, um violador e assassino, que atacava preferencialmente crianças.
  • 1927 - Yetta Abramowitz, 12 anos. Foi estrangulada e espancada no telhado de um apartamento de cinco andares. Morreu num hospital pouco depois de ter sido encontrada O assassino escapou, mas 20 detectives e muitos polícias caçavam um “jovem alto”, que se dizia que tentava aliciar jovens raparigas da vizinhança para corredores e becos a 14 de Maio de 1927.
  • 1932 - Mary Ellen O'Connor, 16 anos. O seu corpo mutilado foi encontrado nos bosques em Far Rockaway, Queens a 15 de Fevereiro de 1932, perto de uma casa que Fish pintou.
  • 1932 - Benjamin Collings, 17 anos








Ted Bundy - Theodore Robert Cowell

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Theodore Robert Cowell
Ted Bundy mug shot.jpg
Pseudônimo(s) Ted Bundy
Nascimento 24 de novembro de 1946
Morte 24 de janeiro de 1989 (42 anos)
Nacionalidade Estados Unidos norte-americana
Crime assassinato, estupro
Pena morte por eletrocução
Situação morto

Theodore Robert Cowell, mais conhecido pelo apelido "Ted" Bundy (24 de novembro de 194624 de janeiro de 1989), foi um dos mais temíveis assassinos em série da história dos Estados Unidos da América durante a década de 1970. Com uma infância perturbada, ele iniciou a sua carreira criminosa assassinando e estuprando as suas vítimas.
Era um homem charmoso, comunicativo, de conversa e palavras convincentes, que lhe ajudariam a seduzir e eliminar mulheres em uma matança desenfreada.[1][2] Foi preso e conseguiu fugir, dando continuidade a seus crimes na mesma noite em que escapara. Em 15 de janeiro de 1978, ele partiu em uma noite de chacina e matou duas meninas e feriu duas outras ao redor do Chi Omega, uma casa de república de mulheres em Tallahassee.
Ted Bundy foi levado a julgamento e condenado à pena de morte por eletrocução. O júri demorou apenas quinze minutos deliberando sobre o veredicto. Executado em 24 de janeiro de 1989, Bundy ainda foi alvo de uma ironia no dia de sua morte: foi uma mulher quem ligou a chave da cadeira elétrica que pôs fim à sua vida.
Ted admitiu que tinha "um apetite insaciável por pornografia violenta".[3]

Metodologia e preferências

Uma vez que ele atraía suas vítimas para a porta do carro, ele batia-lhes e levava-as embora para reservadamente desfrutar de suas mortes. Ele preferia matar mulheres bonitas de cabelos escuros do tipo cheerleaders. Ele atacava suas presas com objetos rombudos e era fã de violar e morder suas vítimas. Em certa entrevista, a cantora Deborah Harry disse quase ter se tornado sua vítima.

Prisão

Ted se defendeu em julgamentos em Utah, Colorado e Flórida enquanto a polícia tentava reunir um rastro de meninas mortas que conduzissem a ele. Durante seus vários julgamentos, um Ted Bundy muito seguro de si se defendeu, recebendo elogios e uma legião de admiradoras. Depois de várias apelações Bundy foi eletrocutado pelo estado da Flórida em 1989. Para sua última refeição ele pediu bife, ovos, pão e café.

Galeria

Referências

  1. Keppel 80
  2. Michaud and Aynesworth, TOLW, 176
  3. Pornografia — apenas uma diversão inofensiva?. Watchtower.org. Página visitada em 2 de agosto de 2011.

    Bibliografia

Keppel, Robert. The Riverman: Ted Bundy and I Hunt for the Green River Killer. Pocket Books, 2005, paperback, 597 pages, ISBN 0-7434-6395-1. Updated after the arrest and confession of the Green River kille, Gary Ridgway.
Michaud, Stephen, and Hugh Aynesworth. The Only Living Witness. Authorlink 1999, paperback. ISBN 1-928704-11-5.

Ver também

Biografia de Ted Bundy





terça-feira, 21 de agosto de 2012

Massacre de Realengo: Wellington Menezes de Oliveira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Massacre de Realengo
Fachada da escola momentos depois do crime
LocalRealengo,
Rio de JaneiroBrasil Brasil
Data7 de abril de 2011
8:30 (UTC−3)
Tipo de ataquemassacre escolar, assassinato em massa
Mortes13[1] (incluindo o assassino)
Feridos22[2]
Responsáveis(s)Wellington Menezes de Oliveira


A motivação do crime figura incerta, porém a nota de suicídio de Wellington e o testemunho público de sua irmã adotiva e o de um colega próximo apontam que o atirador era reservado, sofria bullying e pesquisava muito sobre assuntos ligados a atentados terroristas e a grupos religiosos fundamentalistas.[5][6][7][8] O crime causou comoção no país e teve ampla repercussão em noticiários internacionais.[9][10][11][12] A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, decretou luto nacional de três dias em virtude das mortes.[13]
Massacre de Realengo refere-se ao assassinato em massa ocorrido em 7 de abril de 2011, por volta das 8h30min da manhã (UTC-3), na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze deles, com idade entre 12 e 14 anos. Oliveira foi interceptado por policiais, cometendo suicídio.[3][4]

Autor do crime

Wellington Menezes de Oliveira (Rio de Janeiro13 de julho de 1987[14] — Rio de Janeiro7 de abril de 2011), de 23 anos, foi aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira até a 8ª série (9º ano atualmente).
Wellington era filho adotivo de Dicéa Menezes de Oliveira, o caçula de cinco irmãos e foi adotado ainda bebê. Sua mãe biológica sofria de problemas mentais e chegou a tentar se matar.[15] É descrito por familiares e conhecidos como um rapaz calado, tímido, introspectivo, que não se metia em problemas nem desrespeitava regras. Sua mãe adotiva, que morreu em 2010, era testemunha de Jeová, Wellington também chegou a frequentar a religião. [16] Era uma pessoa calada, tímida e passava boa parte de seu tempo navegando na internet. [17]
Em entrevista concedida no dia 13 de abril, os familiares confirmaram que Wellington era muito fechado e introspectivo, que só se relacionava com as pessoas pela Internet, tinha poucos amigos e não participava da vida familiar, passando quase todo o tempo diante do computador. Sendo adotado por uma mulher já com mais de cinquenta anos e tendo irmãos já casados, foi tratado de modo distinto pela mãe, que imaginava ter que deixá-lo muito cedo devido à idade.
Ela é descrita como um porto seguro para Wellington e a morte dela agravou sua doença psiquiátrica, já conhecida da família e com uma tentativa de tratamento com psicólogo, que foi abandonada pelo rapaz. Ele acompanhava reuniões das testemunha de Jeová com a mãe, muito religiosa, e não tinha ligação com grupos islâmicos, como a mídia inicialmente falou, embora tenha procurado outras religiões quando se desligou das TJ. Os parentes se dizem surpresos com o crime e com medo de se exporem publicamente.[18]
Wellington se refere desta forma, em uma carta, ao bullying sofrido na escola: "Muitas vezes aconteceu comigo de ser agredido por um grupo, e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria, sem se importar com meus sentimentos". E, conforme o depoimento de um ex-colega: "Certa vez no colégio pegaram Wellington de cabeça para baixo, botaram dentro da privada e deram descarga. Algumas pessoas instigavam as meninas: 'vai lá, mexe com ele'. Ou até incentivo delas mesmo: 'Vamos brincar com ele, vamos sacanear'. As meninas passavam a mão nele (...). Esses maus-tratos aconteceram em 2001. Naquele ano, em 11 de setembro, o maior ataque terrorista de todos os tempos virou obsessão para Wellington".[19]
Após a morte de Dona Dicéa, os irmãos vasculharam o computador do jovem e descobriram que ele fazia muitas pesquisas sobre armamentos. Descobriu-se que ele comprou dois revólveres e um carregador rápido, bem como tomou aulas de tiro, havendo evidência de que planejava a ação desde o ano anterior, sempre com intenção de vingança e com admiração por atos terroristas.[15]
Durante a execução do atentado, cometeu suicídio após ser baleado na barriga.[20][21] Seu corpo foi enterrado no cemitério do Caju em 22 de abril, após quinze dias noIML, sem a presença de nenhum parente, somente dos coveiros, numa cova rasa e sem lápide. Não se fez nenhum dos procedimentos que ele havia pedido na carta de suicídio.[22]

O crime

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Antecedentes


Câmeras do circuito interno de vigilância da escola filmaram Wellington durante o massacre.

O sargento Márcio Alves, autor do disparo que atingiu Wellington.
Investigações da polícia posteriores ao massacre, por meio de uma denúncia anônima, descobriam que Wellington havia saído para comprar o revólver calibre 32 com dois homens, um vigia desempregado e um chaveiro, Charleston Souza de Lucena e Izaías de Souza, respectivamente, e ambos os suspeitos admitiram ter intermediado a venda do revólver num quiosque próximo da casa de Wellington em Sepetiba.[23] [24] A alegação de Wellington, de acordo com um dos suspeitos, foi a de que ele usaria a arma para se proteger, pois vivia sozinho.[23] Um terceiro homem teria participado propriamente da venda, Robson, fornecendo diretamente a arma para Wellington, enquanto os outros dois haveriam apenas servido como intermediadores.[23]
Ambos os homens presos disseram-se arrependidos pela venda. Isaías declarou: "Se soubesse que era para fazer isso, não tinha participado, porque eu também tenho filhos, que estudam inclusive numa escola em frente onde Wellington morava", enquanto Charleston declarou: "Agora infelizmente vou ter que pagar por este ato. Espero que a Justiça faça o que tem que fazer, que ela seja cumprida".[23] Embora os acusados tenham afirmado que Robson morreu no carnaval de 2011, a polícia ainda assim o investiga e tenta procurar evidências de sua suposta morte.[23] Os investigadores também não sabem como Wellington obteve sua outra arma, um revólver 38, com o qual efetuou a maioria dos disparos.[23]

Execução

Wellington, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, dirigiu-se a pé para a escola na manhã de 7 de abril de 2011, portando dois revólveres — um de calibre 38 e outro de calibre 32[25] — e carregadores do tipo speedloader, que, segundo os policiais, exigem treinamento para uso. Ele estava bem vestido e, por volta das 8h (UTC-3), identificou-se como um palestrante que iria conversar com os alunos naquela manhã. Depois, subiu para o primeiro andar e entrou numa sala de aula da 8ª série (9º ano atualmente), onde estava ocorrendo a segunda parte de uma aula dupla de língua portuguesa com a professora Leila D'Angelo. Wellington entrou sem pedir licença, calmamente, e então pegou suas armas, uma em cada mão, e começou a atirar nos alunos, nos braços e pernas dos meninos e nas cabeças das meninas, visando a matar somente elas. Segundo testemunhas, ele se referia às meninas como seres impuros e posicionava a arma em suas testas de forma cruel antes de matá-las.[26] [27] [28][29] Morreram dez meninas e dois meninos, todos com idade entre 12 e 14 anos. Ele conseguiu dar mais de cem tiros, graças ao uso dos carregadores.[30]
Houve pânico e os alunos e funcionários começaram a correr. Agentes do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), que faziam uma fiscalização em uma rua próxima, foram avisados por uma criança baleada que acabara de fugir do local. Policiais militares do Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário e Urbano (BPRV), que acompanhavam a ação do Detro, foram até o local e imobilizaram o suspeito com um tiro. Ele então atirou contra a própria cabeça.[31]
Wellington foi detido pelo 3º Sargento da Polícia Militar Márcio Alexandre Alves, de 38 anos. Segundo ele, o rapaz chegou a apontar-lhe a arma, sem contudo atirar. Alves atirou em Wellington, fazendo-o cair e, logo em seguida o rapaz cometeu suicídio. "O sentimento é de tristeza pelas crianças. Eu tenho filho nessa idade. Mas também é sentimento de dever cumprido, impedi que ele chegasse ao terceiro andar e fizesse mais vítimas", declarou.[32]
Wellington Oliveira deixou uma nota de suicídio no local. Na missiva, já havia por escrito a intenção de se matar após a sua ação premeditada.[33]

Vítimas

Conforme a lista divulgada pela polícia do Rio de Janeiro, as vítimas foram:[34][35][36][37]
  • Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos;(1 tiro no pescoço)
  • Bianca Rocha Tavares, 14 anos;(2 tiro na cabeça)
  • Géssica Guedes Pereira, 16 anos;
  • Igor Moraes, 13 anos;( 1 tiro no abdômen e outro na cabeça)
  • Karine Chagas de Oliveira, 14 anos;
  • Larissa dos Santos Atanásio, 13 anos;
  • Laryssa Silva Martins, 14 anos;
  • Luiza Paula da Silveira Machado, 15 anos;(1 tiro na barriga e outro no rosto)
  • Mariana Rocha de Souza, 13 anos; (1 tiro no ouvido)
  • Milena dos Santos Nascimento, 15 anos;
  • Rafael Pereira da Silva, 14 anos;
  • Samira Pires Ribeiro, 14 anos. (1 tiro na testa)









Famílias de quatro das vítimas decidiram doar os órgãos dos adolescentes.[38]

Motivação

A motivação do massacre não é conhecida ao certo. Cogita-se a hipótese de que o assassino possuía traços de psicopatia. Porém, não é de todo certo que o assassino de Realengo fosse psicopata, uma vez que uma das características principais da psicopatia é a falta de remorso do sociopata e o prazer que tem ao ver o sofrimento de suas vítimas. Do ponto de vista psiquiátrico, o sociopata não tem ideação suicida, sente prazer em matar mas não atenta contra sua própria vida. Com rigor científico, o assassino de Realengo sofria de algum distúrbio neuropsiquiátrico com traços psicóticos, aliando ideação persecutória, delírios, alucinações, fantasias e distorção da realidade.[39] Sua carta de suicídio e sua página pessoal no site de relacionamento Orkut continham temas religiosos e passagens de livros da Bíblia, como Ezequiel eEclesiastes.[40] O jornal Clarín, por exemplo, afirmou que o autor a concluía com pedidos de um "típico fiel católico", ao escrever que precisava da "visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez" e ao citar a segunda vinda de Cristo,[41] embora outras correntes religiosas também acreditem na Parusia. Na tarde do dia da tragédia, a mídia nacional veiculou que sua irmã adotiva disse que ele era ligado ao islamismo, não saía de casa e "vivia na Internet".[5] Entre outras especulações, está a de que o atirador havia sofrido bullying quando estudava na escola.[7] Essa hipótese abre a oportunidade de opinião de que foi uma "tragédia importada" por não ser novidade em outros países, como Estados UnidosArgentinaRússia e China, mas muito rara no Brasil.[42]
Somando a motivação de caráter religioso com a de mau tratamento durante os tempos de escola, um amigo próximo de Wellington afirmou que ele "sofria bullying, era viciado em jogos violentos e em ataques terroristas". O colega disse que o apelido de Wellington na adolescência era Al Qaeda, em referência à organização fundamentalista islâmica, apontada como autora de diversos atentados. Ainda segundo o colega, Wellington era reservado e, entre os assuntos de suas conversas, destacavam-se os atentados terroristas, como o ocorrido em 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas, que teria sido o "seu preferido".[8]
Na casa de Wellington, encontraram-se cartas nas quais revelava ter ligações com grupos extremistas islâmicos e que praticava o islamismo, lia o Alcorão quatro horas por dia, meditava sobre atentados e tinha interesse em visitar países muçulmanos.[43] Ao visitar um barbeiro, segundo o depoimento deste, disse que não poderia raspar a longa barba que ostentava e que lhe cobria todo o rosto porque seria expulso do grupo ao qual pertencia e com o qual se reunia periodicamente no Rio de Janeiro (a barba, de fato, faz parte da tradição islâmica como símbolo de masculinidade, motivo de orgulho e objeto de redobrada atenção, além de representar há muito tempo a reputação do fiel).[44] No momento do crime, o atirador já não estava mais com a barba e, de acordo com um comerciante da região que o conhecia frequentemente, Wellington já havia raspado totalmente a barba na véspera do massacre.[45]
As cartas encontradas em sua casa mencionam também dois extremistas com os quais Wellington se corresponderia pela Internet e um deles teria declarado que quase participou do atentado de 11 de setembro. Contudo, a polícia desconsidera seguir estreitamente essa linha de investigação, pois acredita que tais ligações com terroristas podiam ter sido meros delírios do rapaz[43] e a informação de que teria vínculos diretos com o islamismo foi posteriormente negada por pessoas próximas a ele e também pela União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil.[46]

Vídeos

Na casa de Wellington Menezes foram encontrados dois vídeos em que ele fala sobre as motivações do crime. Ele fez um discurso considerado confuso e com indícios de estar dopado no qual, entre outras declarações, diz: "A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem".[47]
No dia 13 de abril, a polícia divulgou um novo vídeo recuperado no disco rígido do computador de Wellington e feito antes de julho de 2010, no qual ele lê uma carta. O vídeo de 58 segundos teria sido feito pelo próprio atirador em local desconhecido. Todos os arquivos de dados do HD foram recuperados com um programa usado pelo FBI, embora Wellington tenha tentado apagá-los no dia do crime.[48] Esse vídeo reforça a tese de que Wellington pretendia se vingar do bullying sofrido na escola: "A maioria das pessoas que me desrespeitam, acham que eu sou um idiota, que se aproveitam de minha bondade, me julgam antecipadamente (...). Uma ação fará pelos seus semelhantes que são humilhados, agredidos, desrespeitados em vários locais, como escolas e colégios".[47][49]
No dia 15 de abril, as autoridades divulgaram um vídeo gravado pelo próprio assassino no qual ele descreve toda a sua preparação para o atentado e deixa claro que sua motivação foram as humilhações sofridas na escola.[50]

A carta do suicídio na íntegra

Cquote1.svgPrimeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.
Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi.
Cquote2.svg
Wellington Menezes de Oliveira[51]



Análises e interpretações

Houve muitas análises e interpretações por parte de teólogos, psicólogos e especialistas da justiça quanto se soube da carta deixada por Wellington. Embora seu primeiro trecho nos apresente citações de aspectos comuns a diferentes religiões, certos especialistas disseram que o texto, porém, não traz "referências diretas a uma crença específica e não pode ser lido como discurso religioso autêntico".[52] Por ter citado as palavras "impureza" e "castidade", reforçando certo sentido conceitual religioso em relação a elas, pediu para que seu corpo fosse lavado e envolvido em lençol branco deixado por ele no edifício da escola. Por conta disso, houve muitas afirmações de suposta ligação do assassino com o islamismo e que sua carta era semelhante às notas deixadas por vários suicidas radicais islâmicos, como aquela deixada porMohamed Atta, um dos terroristas do atentado de 11 de setembro de 2001.[53][54] A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, em contraposição, divulgou uma nota na tarde do dia 7 para esclarecer que o atirador não participava da comunidade.[52] A União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, por sua vez, embora tenha deixado nota de que Wellington não tinha vínculos com a representação e a religião muçulmana, admitiu que seu pedido de sepultamento está de acordo com os rituais islâmicos praticados durante o sepultamento de um corpo.[55]
Certos especialistas rebatem essa afirmação vinculada ao islamismo. O teólogo Leonardo Boff, por exemplo, lembrando o ponto em que o autor da carta cita a segunda vinda de Jesus, afirmou que Wellington "não se liga à religião judaica, muçulmana, nada disso. Ele é da tradição judaico-cristã. Os judeus esperam o Messias. Para os cristãos, o messias é Jesus". Boff ainda reforçou: "Ele justapõe muitos elementos das religiões que estão no mercado. É um brasileiro sincrético. (...) E dentro do cristianismo, há grupos maniqueístas. É uma patologia que atravessa todas as religiões". O teólogo ainda observou que dois conceitos seriam fortes no contexto da carta: o maniqueísmo e a "consciência do pecado", ao que afirma: "Ele só quer a pureza absoluta. É claro que ele se filia a essa corrente que é antiquíssima. Santo Agostinho foi durante muito tempo maniqueísta. O maniqueísmo parte de uma experiência verdadeira que é a existência do mal no mundo. [...] Ele sabe que está fazendo mal a Deus, pede que uma pessoa religiosa interceda. Tem consciência que fez o mal e que, perdoado, pode buscar a vida eterna".[52]
Outro especialista, Eulálio Avelino Pereira Figueira, coordenador do curso de especialização em Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC-SP), afirmou: "Não existe religião que esteja fundada no mal (maldade) gratuito, muito menos na perversidade e na crueldade. [...] A mensagem do texto é resultado de um imaginário coletivo religioso".[52]
Segundo o psiquiatra forense da USP e colunista do Estadão, Daniel Martins de Barros, não é improvável que Wellington apresentasse um transtorno de personalidade, mas que por si só não explicaria o crime, retomando o conceito de crise catatímica para entender o ocorrido. [56]

Reações

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De autoridades públicas


No dia 7 de abril de 2011, o governadorSérgio Cabral Filho e o prefeito Eduardo Paes falam da tragédia na escola Tasso da Silveira.
A presidente do Brasil Dilma Rousseff disse, por meio do porta-voz da Presidência, que estava "chocada" e "consternada" e conversou por telefone com Sérgio Cabral Filho, governador do Rio de Janeiro, e com Eduardo Paes, prefeito.[57][58] O Ministro da EducaçãoFernando Haddad, fez um pronunciamento no final da manhã, afirmando que o caso era "uma tragédia sem precedentes no Brasil" e colocou o Ministério à disposição da Prefeitura do Rio de Janeiro.[59]
Pouco depois de tomar ciência do ataque, Dilma Rousseff chorou ao falar do ocorrido, pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas. Decretou luto oficial no Brasil com a duração de três dias.[60][61] Na ocasião, a presidente declarou: "Não vou fazer um discurso porque hoje nós também temos que lamentar o que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característica do país ocorrer esse tipo de crime. Por isso, eu considero que todos aqui estamos unidos no repúdio a esse ato de violência".[61]
Horas depois do crime, o governador e o prefeito do Rio de Janeiro, respectivamente Sérgio Cabral Filho e Eduardo Paes, concederam uma entrevista coletiva no ginásio da Escola Tasso da Silveira, onde lamentaram o ocorrido. Cabral classificou o atirador Wellington de Oliveira como "psicopata e animal" e chamou de "heróis" o sargento, as professoras e as crianças da unidade de ensino que conseguiram avisar os policiais militares que estavam nas proximidades. "Sem eles, a tragédia teria sido maior", disse.[62]
UNESCO, órgão da educação vinculado à ONU, manifestou imediato repúdio ao ataque, por meio de nota pela Internet, que dizia: "A UNESCO repudia os ataques à escola do Rio e se solidariza com as famílias. A escola deve ser um lugar para reconstruir a paz e a cultura".[63]

Repercussão internacional

O ataque em Realengo teve repercussão nos principais veículos da imprensa estrangeira.[64]
Os sites dos britânicos The GuardianThe Daily Telegraph e BBC, os norte-americanos CNNMSNBC e o The New York Times, a Al Jazeera, o espanhol El País, o português RTP e o argentino Clarín destacaram o assunto. O Guardian afirmou que vinte pessoas foram mortas, enquanto a Al Jazeera noticiava doze mortes.[65] O jornal espanhol El País destacou que o “Rio de Janeiro estava de luto e desconcertado porque crimes desse tipo são desconhecidos na cidade e apenas lidos nos jornais quando acontecem nos Estados Unidos”.[66]
CNN e a ABC News mostraram imagens ao vivo da Rede Record e da Record News, com centenas de parentes e amigos dos estudantes e funcionários que estavam na escola.[67] A principal manchete no La Nación é sobre o episódio, denominado como a Tragédia no Rio de Janeiro. Uma reportagem resume o que houve em Realengo. No jornal britânico The Guardian, que, assim como o Clarín, destacou o assunto na manchete, fontes ouvidas chamaram o incidente de “massacre”. Outro diário britânico, oThe Daily Telegraph, citou testemunhas que contam que os tiros começaram por volta das 8h30 da manhã da quinta-feira em questão.[68]
O jornal americano The Wall Street Journal afirma que a tragédia "chocou a sociedade tradicionalmente familiar do Brasil, onde a violência contra crianças é rara. A escola fica em Realengo, no oeste de uma cidade conhecida por suas praias e belezas naturais".[69]
Alunos de uma escola em ColumbineEstados Unidos, cidade em que houve um massacre estudantil de iguais proporções em 1999, escreveram mensagens e cartazes aos alunos da Escola Tasso da Silveira com a ajuda de alunas brasileiras, prestando solidariedade internacional e dividindo os sentimentos de luto, a serem entregues no Brasil às vítimas da tragédia. Uma das sobreviventes do massacre, Crystal Muller, que na época tinha 16 anos, também mandou um recado aos brasileiros: "Vocês não estão sós. Há pessoas que estão rezando por vocês e que os acompanham por todo o mundo".[70]

Apologia do crime na Internet

Muitas comunidades virtuais no Orkut foram criadas para fazer apologia do crime e do seu autor, defendendo suas ações e incitando as pessoas a procederem de modo igual. Os moderadores dessa comunidades usam perfis fakes e participam de outras comunidades como "defesa de estupro como 'prática corretiva' a lésbicas, morte a gays, a andarilhos e a negros e até lamentos à não-extinção de países como o Japão, no terremoto seguido de tsunami no mês passado". Os criminalistas se manifestaram preocupados e anunciaram que o Ministério Público pode enquadrar esses ambiente virtuais nas leis de repressão a crimes de racismo e congêneres. OGoogle, proprietário do site há muito conhecido por apologia a diversos tipos de crime, vem apagando as comunidades conforme sua política de combate às mesmas. [71]

Investigação

Apologia do crime na Internet

Muitas comunidades virtuais no Orkut foram criadas para fazer apologia do crime e do seu autor, defendendo suas ações e incitando as pessoas a procederem de modo igual. Os moderadores dessa comunidades usam perfis fakes e participam de outras comunidades como "defesa de estupro como 'prática corretiva' a lésbicas, morte a gays, a andarilhos e a negros e até lamentos à não-extinção de países como o Japão, no terremoto seguido de tsunami no mês passado". Os criminalistas se manifestaram preocupados e anunciaram que o Ministério Público pode enquadrar esses ambiente virtuais nas leis de repressão a crimes de racismo e congêneres. OGoogle, proprietário do site há muito conhecido por apologia a diversos tipos de crime, vem apagando as comunidades conforme sua política de combate às mesmas. [71]

Ligações externas

Referências e notas: http://csinatal.blogspot.com.br/2012/08/referencias-e-notas-do-massacre-de.html