Nosso blog para assuntos ligados ao nosso grupo da Feira de conhecimentos do Encanto Colégio e Curso - Natal (RN) e em homenagem ao seriado maior: CSI.
CSI Natal 2013 - BASTA de criminalidade
Theresa Knorr (14 de março de 1946), é uma mulher americana condenada por torturar e matar dois de seus filhos, enquanto usava os outros para encobertar seus crimes.
Os Crimes
Theresa torturou os filhos por anos, queimando-os com cigarro e os espancando, mas tinha ódio em, especial das filhas Suesan e Sheila. Em 1984, numa discussão com a filha Suesan, acaba dando-lhe um tiro de pistola no peito, a garota sobrevive, e a própria Theresa tira a bala do peito, mas logo infecciona, e ela diz aos filhos que a menina está possuída pelo satanás, e por isso o corpo dela está infeccionado, e explica que o único modo de expulsá-lo é tacando fogo na garota, então Theresa despeja gasolina em Suesan, e queima-a viva. Mais tarde, em 1985, torturou e matou Sheila, deixando-a trancada em um armário por dias, até que esta morresse de desidratação. Seu corpo foi embalado numa caixa e jogado ao lado de uma estrada. Foi presa em 1993, junto com seu filho Terry, este por sua vez condenado por ter escondido os crimes da mãe.
Condenação
A mulher foi condenada a prisão perpétua, e pode ter liberdade condicional em 2027.
tornou-se o primeiro serial-killer conhecido da Rússia no século XX.
Quando criança era, juntamente com seus irmãos, atormentado pela história do sequestro e assassinato de seu irmão mais velho, Stepan, que teria sido canibalizado durante a grande fome que assolou a Ucrânia na década de trinta. Apesar da veemência de sua mãe ao contar a história, nunca foi encontrado nada que comprovasse a existência de algum Stepan Chikatilo, não há registros de seu nascimento nem de sua morte.
Durante a juventude, Andrei sofreu muito com uma disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente, causando-lhe certo abalo psicológico. Apesar do casamento, na década de sessenta, do qual nasceram seus dois filhos, Andrei sempre acreditou que havia sido cegado e castrado ao nascimento, o que o levou a ter comportamentos mórbidos de violência e vingança.
Formado, Andrei começou a trabalhar em uma escola para rapazes, situada em Rostov-on-Don, onde tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o chamavam de "ganso" (devido a seu pescoço comprido e estranha postura), mas depois passaram a chamá-lo de "maricas", uma vez que passou a molestar estudantes no dormitório.
Apesar de sua idade e tamanho, Andrei sentia-se intimidado pelos alunos, por isso passou a levar sempre consigo uma faca. Sua verdadeira face foi descoberta quando seus crimes vieram à tona: durante anos Andrei Chikatilo matou e canibalizou dezenas de vítimas, na sua maioria crianças, que ele encontrava em estações de ônibus ou trens.
A inaptidão das autoridades russas, associada a sua recusa em aceitar o fato de que existia um serial-killer agindo em sua sociedade perfeita, permitiram que Andrei agisse por vinte anos. Detido certa vez para averiguações, foi libertado logo depois, quando ficou comprovada a incompatibilidade entre seu sangue e o sêmen encontrado nas vítimas (algo raro, mas possível de ocorrer).
Isso só fez com que Andrei passasse a agir com mais despreocupação.
Sua prisão só foi possível graças a determinação de dois investigadores, envolvidos com sua primeira detenção, que lembraram de seu nome depois que ele foi visto saindo de um bosque próximo a uma estação de trens, algo compatível com os locais onde as vítimas eram escolhidas e depois abandonadas.
Em seu julgamento, Andrei definiu-se como um "aborto da natureza, uma besta louca", ao qual "só restava a condenação à pena de morte, o que seria até pouco para ele", nas palavras do próprio.
Seu desejo foi atendido, com sua execução ocorrendo na prisão, em 14 de Fevereiro de 1994, pelo pelotão de fuzilamento.
Mas, antes disso, Chikatilo ainda pode chocar toda a sociedade soviética, com as descrições sangrentas de seus crimes e de como fervia e arrancava testículos e mamilos de suas vítimas. Andrei, certa vez, afirmou o seguinte sobre sua sexualidade: "Olhe que coisa mais inútil. Você pensa que se eu pudesse fazer alguma coisa eu não faria ?... Eu não sou um homossexual... Eu tenho leite em meus peitos; eu vou dar à luz!"
O filme "Evilenko", de 2004, dirigido por David Grieco, estrelando Malcolm McDowell no papel do assassino, é baseado na história de Andrei Romanovic Chikatilo.
Foi um assassino Americano que raptou, torturou e estuprou 6 mulheres e as manteve prisioneiras em seu porão, na Philadelphia, Pennsylvania.
Ele é chamado de serial killer, apesar de não caber no perfil do FBI que diz que se precisa de 3 assassinatos para ser considerado um serial killer,
Ele matou duas mulheres.
Vida:
Gary Michael Heidnik filho de Michael e Ellen Heidnik, foi criado em Cleveland, suburbio Eastlake, Ohio.
Seu irmão Terrence nasceu 18 meses depois em 24 de Maio de 1945.
Michael Heidnik era violento, frequentemente agredia sua mulher. Quando Gary tinha 2 anos, seus pais se divorciaram, depois disso ele e seu irmão foram criados pela mãe.
Mas quando ele fez 6 anos, ele e seu irmão foram mandados para a casa do pai e sua nova mulher.
Quando criança, ele sofreu abusos pela madrasta e pai,
o pai frequentemente o espancava por que ele sempre molhava a cama.
Ele também humilhava o Gary pendurando o lençol molhado na janela mais alta da casa, onde os vizinhos podiam ver.
Na escola ele sofria de Bulli. Ele tinha um QI de 148.
Saiu da escola pública na nona serie e foi para a academia militar Stauton por dois anos, saindo antes de se formar.
Após mais um período na escola, ele largou e se juntou ao exercito aos 17 anos.
Ele serviu por 13 meses se adaptou a vida no exercito muito rápido.
Durante o treinamento básico ele foi considerado "excelente".
Depois disso ele se inscreveu a varias posições. incluindo policia militar, mas foi rejeitado.
Ele foi mandado para San Antonio para ser treinado como médico e se deu bem no treinamento,
No entanto ele nao ficou em San Antonio por muito tempo e foi transferido para trabalhar no Hospital no Campo no Oeste da Alemanha.
Em Agosto de 1962, Heidnik teve dores de cabeça, tontura, visão embaçada e náusea.
O Dr. Jack Apsche disse que Heidnik estava sofrendo de grastrenterite (Patol.-inflamação simultânea do estômago e dos intestinos).
E também disse que ele estava com sintomas de doença mental.
Heidnik diagnosticado com esquizofrenia e transferido de volta a Philadelphia.
3 meses após ter retornado da Alemanha, Heidnik honradamente dispensado em Novembro de 1962.
Logo após ser dispensado, Heidnik ganhou seu GED e foi para a Universidade de Pennsylvania.
Após se formar em 1966, Ele trabalhar como enfermeiro psiquiatrico em um hospício,
mas foi despedido por seu comportamento rude com os pacientes.
Pelos próximos anos ele foi internado em hospitais psiquiatricos e tentou o suicídio varias vezes.
Ele também sofreu inúmeros desmaios, colapsos durante sua vida.
Quando ele tinha 27 anos Ellen sua mãe cometeu suicídio tomando dois comprimidos de veneno.
Em 1971, Heidnik formou um culto conhecido como "United Church of the Ministers of God".
Sua vida como ministro não durou muito já que só tinha 4 seguidores em sua religião, ele voltou a hospitais mentais e começou a encarar sérios problemas.
Heidnik usou um serviço matrimonial para conhecer sua futura esposa, com quem ele correspondeu por cartas por dois anos antes de propor o casamento.
Betty Disto chegou das Filipinas em Setembro de 1985 e se casou com Heidnik em Marylasn em 3 de Outubro de 1985. O casamento
rapidamente se deteriorou e ela encontrou Heidnik na cama com 3 outras mulheres e ele a forçou a fazer sexo com elas.
Ele bateu e estuprou ela até ela o deixar 3 meses depois.
Heidnik engravidou Betty nesse curto tempo e não sabia até ela pedir pensão.
Ele nunca teve nenhum tipo de relacionamento com seu filho Connor.
Carreira Criminal.
Em 1976, Heidnik foi fichado por agressão grave e porte de arma sem licença após ter atirado no locatário de uma casa q ele alugou, arranhando seu rosto com o tiro.
1978
Heidnik assinou a saída da irmã de sua namorada de um hospício, ela era desabilitada mentalmente.
E a manteve prisioneira em um porão de um armazém em 1978,
Após ser encontrada e mandada de volta ao hospital psiquiatrico, exames revelaram que ela fora estuprada e sodomizada,
Contraiu gonorréia no ânus e boca.
Heidnik foi preso e acusado de sequestro, estupro, contenção ilegal,
Interferir na custódia de uma pessoa. Entre outras acusações.
O caso foi a julgamento em Novembro de 1978, ele foi considerado culpado e sentenciado a 3 a 7 anos de cadeia.
Ele apelou e pegou 3 anos em uma instituição psiquiatrica. Foi solto em 1983 sob supervisão do programa de saúde mental.
Em 1980, Heidnik escreveu um bilhete para um guarda dizendo que Satan enfiou um biscoito em sua garganta que o impedia de falar.
Ele não falou uma palavra pelos próximos 2 anos e 3 meses.
1986:
Depois que sua esposa Betty o deixou em 1986, Heidnik foi preso novamente e acusado de agressão, estupro etc...
As acusações foram retiradas já que Betty não apareceu na audiencia.
1986-1987:
Começando em 25 de Novembro de 1986, Heidnik raptou 6 mulheres e as trancou no porão de sua casa na Philadelphia que ele dividia com seu amigo David R. Stec.
As mulheres sofriam abuso sexual, agreção fisica, tortura em frente as outras. Uma das mulheres morreu de uma combinaçao de Fome, tortura em excesso e febre.
Heidnik desmembrou seu corpo, colocou alguns pedaços em um liquidificador e misturou com a ração de cachorro e deu para as outras mulheres comerem.
Ele teve problemas para moer os braços e pernas, então ele colocou no freezer e marcou como "comida de cachorro".
Ele assou as costelas em um forno e cozinhou a cabeça no fogão depois jantou ela.
Ele usava choques eletricos como metodo de tortura, uma vitima foi eletrocutada quando estava amarrada por correntes.
Jogada em um buraco que ele fez dentro da casa como solitária caso ele as precisa-se punir. ( já nao bastava as torturas?)
Heidnik ordenou a Josefina Rivera a encher o buraco de água e a forçou a aplicar uma corrente eletrica na outra mulher.
Ele as estuprava em grupos ou individualmente. Cavou um buraco onde as jogava a noite.
Tampava com madeiras pesadas. As vitimas eram encorajadas a informar as outras quando voltavam do que as aguardava.
Prisão e Julgamento.
Em 21 de Março de 1987, A vitima Josefina Rivera convenceu Heidnik a deixa-la sair, prometendo que traria outra mulher para ele.
Ele concordou, ( e dizem que eles tem um QI elevado!) ela foi direto para as autoridades, que logo conseguiram um mandado de busca.
Heidnik foi preso e em defesa o melhor q conseguiu dizer foi que elas já estavam na casa quando ele se mudou para la.
Durante o julgamento, Heidnik sua insanidade foi desconsiderada pelo seguinte: inteligentemente, Heidnik aplicou o dinheiro q ganhou no exercito. Ele tinha uma conta com $1500 no nome da igreja que ele fundou para evitar impostos. No tempo de sua ultima prisao, ele tinha aproximadamente $550,000 no banco e comissões, um ponto que seria usado no tribunal para discutir sua sanidade. Testemunhos de sua seu consultor financeiro, Robert Kirkpatrick, foi usado como prova de competencia. Kirkpatrick o chamou de "um investidor astuto que sabia exatamente o que estava fazendo."
Condenado por 2 assassinatos em 1988, ele foi sentenciado a morte, ficou encarceirado no Instituto correcional do estado de Pittsburgh. Em Janeiro de 1999, ele tentou o suicidio com um remédio que foi receitado a ele thorazine.
Heidnik foi executado por injeção letal em 6 de Julho de 1999 em SCI Rockview.
Lista das vitimas.
* Josefina Rivera (25), raptada em 26 de Novembro de 1986
* Sandra Lindsay (24), raptada em 3 de Dezembro de 1986, assassinada em Fevereiro de 1987
* Lisa Thomas (19), raptada em 23 de Dezembro de 1986
* Deborah Dudley (23), raptada em 2 de Janeiro de 1987, assassinada em 22 de Março de 1987.
* Jacqueline Askins (17), raptada em 18 de Janeiro de 1987
* Agnes Adams (24), raptada em 19 de março de 1987.
Ggary Heidnik
Pahoista pahin Gary Heidnik
Alguém gravou o programa “O Índice da Maldade” sobre o serial killer Gary Heidnik filmando a televisão e colocou no Youtube – som e imagens não muito bons, portanto, mas, melhor que nada…
Trechos interessantes:
> Uma mulher conseguiu escapar após passar 3 meses presa na casa de Gary Heidnik, como escrava sexual, na Filadélfia. Disse à polícia que ainda haviam 3 mulheres lá. Encontraram um braço na geladeira, carne humana entupindo a pia, ossos em panelas… Os corredores da casa eram decorados com notas de 1 dólar e moedas de 1 centavo. As mulheres eram estupradas diariamente e, para que não se unissem, uma tinha que espancar a outra. Eram torturadas com eletrodomésticos. O rádio ficava no volume máximo para que os vizinhos não escutassem gritos.
> Na sua infância, Heidnik teve um pai que o humilhava e o ameaçava muito (chegou a dependurá-lo pela perna, na janela do 3o andar). Após sofrer uma queda, aos 6 anos, ficou violento com animais.
> O serial killer disse que uma vez ouviu uma voz ordenando que montasse uma igreja. Ele se auto-proclamou bispo e fazia cultos em cima do calabouço onde haviam vítimas.
> Gary Heidnik queria engravidá-las, mas não conseguiu, então sua crueldade aumentou. Uma morreu eletrocutada, outra asfixiada. Colocou os restos desta em um liquidificador com ração de cachorro e obrigou outras a comer.
> Seu julgamento girou sobre sua sanidade mental. Um psiquiatra disse que se houvesse uma “olimpíada de doença mental”, ele ganharia medalha de ouro. Apesar disto, era um homem que tinha conseguido construir um grande patrimônio. O júri o considerou são.
> Está no grau 22 do Índice da Maldade do dr. Stone. “Não devemos fingir que os que estão do outro lado irão melhorar.”
A maioria de suas vítimas eram mulheres jovens a quem ele perseguia depois de saírem de ônibus tarde da noite. Porém, o que mais chocou no caso foi que os ataques foram filmados,[1][4] o que posteriormente ajudou na solução do caso.
Bernardo foi preso em 1993, porém condenado apenas em 1995. Ele foi condenado por uma série de crimes, incluindo os dois assassinatos em primeiro grau e duas agressões sexuais graves contra as jovens Leslie Mahaffy e Kristen French,[1] as únicas vítimas confirmadas, na época. A sentença foi prisão perpétua[1] com possibilidade de liberdade condicional após 25 anos. Porém, posteriormente, Bernardo foi declarado como sendo um "delinquente perigoso", o que provavelmente constata que ele nunca será liberado.
Jim Jones nasceu no interior do estado de Indiana, filho de um veterano da Primeira Guerra Mundial. A alegação de Jones de que teria ascendência indígena cherokee, por parte da mãe, nunca foi comprovada.
A infância de Jim se passou no período da Grande Depressão causada pela crise econômica de 1929, o que obrigou os Jones a se estabelecerem perto de Lynn, em 1934. Após a separação dos pais, a mãe de Jim mudou-se com os filhos para Richmond, também em Indiana, onde ele concluiu seus estudos em 1948. No ano seguinte, Jim casou-se com Marceline Baldwin, uma enfermeira, e em 1951 finalmente mudou-se para Indianápolis, onde viveu uma década.
Desde a infância, Jim Jones mostrou inclinações místicas e na juventude foi um leitor dedicado de obras políticas e sociais. Também demonstrou simpatia pelo marxismo e pelas reivindicações dos afro-americanos contra a segregação e a discriminação racial, sintetizadas então na militância do ator Paul Robeson, e na candidatura progressista de Henry A. Wallace à presidência dosEstados Unidos, em 1948.
Crítico da ação estadunidense na Guerra da Coreia, Jones aprovou a invasão do sul da península pelo líder comunista Kim Il-Sung, em 1950, e no ano seguinte, tornou-se membro do Partido Comunista dos Estados Unidos (CPUSA). O país então estava em plena era do macartismo, o que lhe valeu sanções dentro da Universidade de Indiana e a vigilância permanente por parte doFBI. Jones veio a romper com o CPUSA somente em 1961, quando o partido (alinhado com a política soviética) fez críticas aos excessos de Stalin.
Nessa época, Jones desenvolveu suas ideias sobre a ação política e também começou a buscar uma expressão destas dentro da religião. Em 1952, tornou-se estudante em um semináriometodista, do qual foi expulso por defender a integração racial, e trabalhou algum tempo junto aos batistas do Sétimo Dia.
O Templo dos Povos
Em 1954, Jones criou a sua própria igreja em uma área da cidade racialmente integrada. O culto recebeu vários nomes até adquirir a denominação definitiva de Peoples Temple Christian Church Full Gospel (Templo dos Povos), em 1959.
Através do Templo, Jim Jones adquiriu notoriedade e apoio político e da mídia em Indianópolis, contribuindo para por fim à segregação racial em departamentos públicos, restaurantes e hospitais. Em 1960, o prefeito democrata Charles Boswell o nomeou como diretor local da comissão de direitos humanos. No entanto, Boswell e Jones acabaram entrando em atrito quando o líder do Templo foi agredido em uma reunião do NAACP.
Família Arco-Íris
Jim e Marceline incentivaram a adoção de crianças de raças diferentes pelos membros de sua igreja. Em 1954, começaram eles próprios a sua Rainbow Family (família “arco-íris”) ao adotar Agnes, uma nativa americana de 11 anos. Nos anos seguintes, os Jones adotaram três órfãos de guerra coreanos, um afro-americano (o primeiro a ser adotado por um casal branco no estado de Indiana, em 1961) e um branco. O casal teve apenas um filho biológico, chamado Stephen Gandhi Jones.
Jim Jones também foi atacado por racistas brancos, que fizeram sucessivas ameaças à sua vida e aos integrantes do Templo, embora seja possível que o próprio Jones tenha manipulado algumas dessas reações em favor de sua pregação político-religiosa.
Expansão da seita
Com seu trabalho estabelecido em Indianápolis, Jim Jones começou a buscar novas áreas para a expansão de sua seita.
Em 1959, Jim Jones viajou a Cuba após a derrubada do regime de Batista, mas sua tentativa de trazer afro-cubanos para Indiana resultou em fracasso. Em 1961, após prever um ataque nuclear iminente, Jim Jones transferiu-se com sua família para o Brasil, mais precisamente em Belo Horizonte em uma casa localizada na Rua Marabá nº203, no bairro Santo Antônio, com a ideia de estabelecer um novo local para o Templo. Sem sucesso, transferiu-se em 1963 para o Rio de Janeiro, onde estudou a situação social das favelas cariocas e a mentalidade religiosa local.
Mas a necessidade de resolver conflitos internos na igreja em Indiana forçou Jones a retornar aos Estados Unidos (1965), passando no caminho de retorno pela então colônia britânica da Guiana.
O Templo em San Francisco
A perspectiva de guerra nuclear – Jones faria uma nova previsão para 15 de julho de 1967 – continuou alimentando os objetivos de expansão de seu culto. Ainda em 1965, Jones começou a transferir a comunidade do Templo dos Povos para Ukiah, na região do vale das sequoias, no estado da Califórnia. Em 1970, já existiam sucursais do Templo em San Francisco e Los Angeles.
O movimento se expandia no país através de caravanas, distribuição de folhetos (especialmente entre viciados em drogas e sem-teto), concentrações em grandes cidades (como Houston, Detroit e Cleveland) e reuniões de testemunho. No entanto, todas as reuniões eram sediadas em San Francisco, que tornou-se a sede da organização em 1972. Em seu auge, em meados dos anos 70, o Templo dos Povos reuniu cerca de 3 mil membros, dos quais 70 a 80% eram afro-americanos pobres. Estatísticas exageradas do próprio movimento subiam seu número para 20 mil pessoas.
As finanças do movimento provinham de doações provenientes de seus membros ou de pessoas influentes. Objetos pessoais de Jones e amuletos eram também vendidos e o Templo chegou a ter estação de rádio e sua própria gravadora de discos.
A criação de Jonestown
Após denúncias motivadas pela deserção de oito jovens membros da igreja em 1973, o grupo dirigente do Templo se fechou em torno de Jones e sua liderança pessoal. A partir de então, relatos de ex-membros registram planos e simulações de suicídio coletivo.
Em 1974, o Templo arrendou uma gleba de terra na Guiana, junto à localidade de Port Kaituma, próximo à fronteira com a Venezuela. Ali Jones, com sua família, pretendia erguer o “Projeto Agrícola” do Templo dos Povos, formando a comunidade informalmente denominada de Jonestown. Os primeiros 50 residentes, transferidos da igreja em San Francisco, chegaram em 1977. No ano seguinte, já eram mais de 900 (dos quais 68% eram afro-americanos). Ao mesmo tempo em que o fisco público fechava o cerco contra a isenção de impostos usufruída pelo Templo, Jones se referia de forma hostil ao governo dos Estados Unidos como o Anticristo, em rápida marcha em direção ao fascismo, e ao capitalismo como o regime econômico do Anticristo.
Além disso, pesaram contra Jones acusações de sequestro de crianças de ex-integrantes que tinham abandonado o Templo. O próprio Jones foi acusado de manter sob sua custódia John Victor Stoen, filho biológico de Timothy Stoen, que deixara o Templo em 1977. Stoen apelou ao congressista democrata Leo Ryan, para apelar pela custódia do filho junto ao presidente guianenseForbes Burnham. Em novembro de 1978, o Congresso dos Estados Unidos autorizou uma viagem de Leo Ryan para a Guiana (com a assistência de repórteres da NBC, para investigar as acusações de sequestro movidas contra Jones, bem como informações de que os membros da comunidade em Jonestown viviam miseravelmente.
Outras denúncias incluíam: 1) ameaças físicas e morais e mentais diretamente aos membros da seita, separados de qualquer contato com suas famílias; 2) tortura psicológica, com privação de sono e de alimentos; 3) exigência de entrega de propriedades e 25% da renda de cada membro da seita; 4) interferências de Jones na escolha do casamento e na vida sexual dos casais; 5) isolamento das crianças em relação aos seus pais; 6) campanha constante junto à mídia para dar uma impressão favorável e boa a Jones e ao Templo.
A tragédia
Ryan e sua comitiva foram recebidos calorosamente em Jonestown, em 17 de novembro de 1978, o que gerou um comentário positivo do congressista a respeito das condições de vida na comunidade isolada na floresta.
Porém, no dia seguinte, a deserção de alguns membros da comunidade (que quiseram se reunir ao retorno da comitiva) criou um clima de tensão no local. Jones concordou com a saída, denunciando os desertores como traidores, e à tarde, Ryan foi atingido por um ataque desferido com faca e teve que apressar a retirada de Jonestown. Ao chegar à pista de pouso do Port Kaituma, o avião que deveria levar Leo Ryan e sua comitiva foi alvejado pela guarda (“Brigada Vermelha”) que fazia a segurança de Jim Jones. Ryan, três repórteres e uma ex-integrante do culto de Jones foram mortos. Foi a única vez em que um congressista dos Estados Unidos foi assassinado no cumprimento do dever.
A última “noite branca”
Assim que chegou a notícia da morte de Ryan, à noite, Jones pôs em prática o suicídio em massa de toda a comunidade de Jonestown, para o qual já havia feito treinamento anteriormente (embora tenha dito que o veneno não era real) em reuniões chamadas de “noites brancas”. Os membros da comunidade foram induzidos a beber um composto líquido (na forma de suco de sabor uva), contendo potássio, cloreto de cianeto e substâncias sedativas. Os que eram pequenos demais receberam na boca ou através de seringas.
A cifra final de mortos chegou a 918, incluindo mais de 270 crianças e quatro que se suicidaram no escritório da seita em Georgetown. Mais de 400 corpos não identificados foram sepultados emOakland (Califórnia).
Nem todos os integrantes da comunidade morreram na tragédia. No mínimo cinco membros conseguiram fugir ao cerco da guarda e fugir para a floresta durante o ritual de suicídio coletivo que durou, segundo essas testemunhas, cerca de 5 minutos.
O corpo de Jones foi encontrado junto ao pavilhão maior, com um tiro único na cabeça.
Repercussão
Os eventos em Jonestown tiveram grande repercussão nos Estados Unidos e no restante do mundo.
Larry Layton, autor dos disparos contra Ryan, alegou lavagem cerebral mas acabou sendo condenado e permaneceu preso até 2002.
Vários membros da seita, inclusive a própria viúva de Jones, escreveram testamentos deixando seu patrimônio ao Partido Comunista da União Soviética. Jones enviou instruções para que o ativo de 7,3 milhões de dólares fosse levado à URSS através da embaixada soviética na Guiana. No Congresso, a oposição republicana conseguiu endurecer as relações dos Estados Unidos contra a Guiana, acusando o presidente Burnham de corresponsabilidade na tragédia. No entanto, ele permaneceu no poder até sua morte, em 1985, e seu corpo foi mumificado pela equipe do Mausoléu de Lenin, em Moscou.
Antes da tragédia, o Templo já tentara negociar o êxodo da comunidade para a URSS ou outro país do bloco soviético, mas a iniciativa foi recusada por estes países. No início da década de 80, o local onde existia Jonestown foi reocupado por refugiados laocianos.
Nos Estados Unidos, o restante da seita se dispersou. O Templo em Los Angeles foi fechado por falta de verbas e os demais locais da seita passaram a ter outras utilidades. Vários ex-membros relataram o medo de serem eliminados por agentes de Jones que sobreviveram. Michael Prokes, designado para transferir o dinheiro ao PCUS, cometeu suicídio em um março de 1979. Algumas teorias conspiratórias apontam a participação da CIA, mas sem nenhuma evidência real.
Simpatia da mídia e dos políticos
Ao contrário de outros grupos classificados como novos movimentos religiosos, o Templo dos Povos não sofreu uma crítica incisiva da mídia como algo que pudesse se tornar nocivo à sociedade.
As informações que a mídia veiculava sobre Jonestown sempre foram expostas no sentido de enaltecer o projeto como uma alternativa socialista e auto-suficiente, vetando informações sobre abusos e sequestros, bem como o vício de Jones em drogas. Até a tragédia de Jonestown, Jones contou com a simpatia da mídia liberal e de lideranças políticas de San Francisco. Jones apoiou decisivamente a eleição do prefeito George Moscone em 1975 e tinha relações próximas com Harvey Milk. Também teve contados por Walter Mondale, Rosalynn Carter, Willie Brown e a radical Angela Davis.
Idéias religiosas de Jones
As concepções religiosas de Jim Jones não se enquadram na visão ortodoxa da fé cristã. Jones compreendia o Evangelho como uma ação política radical, sem esperança no além, e sua liderança pessoal como um elemento acima de qualquer crítica dentro de sua igreja.
Apesar de ser chamado “Reverendo”, Jim Jones jamais foi ministro ordenado. Uma de suas prováveis influências religiosas foi o pregador M. J. Divine (1876-1965), que também dirigiu um movimento dirigido à comunidade afro-americana, no Harlem em Nova York. Pregações de Divine eram distribuídas aos membros do Templo, e as ideias dele sobre a adoção podem ter influenciado a Rainbow Family de Jones.
Jones era um adepto da cura pela fé, e via a si mesmo como um profeta, capaz de realizar milagres e com o dom da clarividência. Ao lado das reuniões de milagres para um grande número de pessoas (semelhantes as dos pentecostais desta época), Jones mantinha um constante serviço de assistência social aos mais pobres de sua comunidade. Cerca de metade dos integrantes do Templo em Indianápolis era de afro-americanos.
No decorrer de sua pregação mística, Jones afastou-se ainda mais do cristianismo tradicional e tornou aberto o seu “Socialismo apostólico” (conforme o texto de Atos dos Apóstolos 4:34-35, que Jones relacionou ao lema “de cada um conforme o seu trabalho, a cada um conforme a sua necessidade”, constante na Crítica ao Programa de Gotha, de Karl Marx). Jones afirmou ser a encarnação presente de diversos líderes religiosos ou políticos, como Jesus Cristo, Buda, Gandhi, Marx, Lenin e o próprio M. J. Divine.
No final dos anos 60, Jones já descrevia o cristianismo com uma religião fabulosa, e recusava a validade dos seus dogmas. A Bíblia era rejeitada como um manual escrito por brancos para justificar a sujeição das mulheres e a escravidão negra. O Paraíso não podia ser mais encontrado no além-túmulo e sim na existência terrena, através da luta pela igualdade.
Seus críticos (como Tim Reiterman, um dos sobreviventes de Port Kaituma) o descreveram como um ateu, que apenas dera uma roupagem religiosa ao comunismo político.Vale lembrar, porém, que os livros de Marx sobre o socialismo científico (comunismo) não se referem em nenhum parágrafo a abusos quaisquer, principalmente no que diz respeito a uma justificativa religiosa. O marxismo é uma teoria baseada no estudo da história e entende as religiões nos contextos históricos estudados (e então deduz para os demais) como elementos de poder em serviço de algum sistema de poder político-econômico (uma classe dominante), portanto é uma teoria atéia em seus princípios, meios e fins. Além de que, contrapondo-se à religião, a filosofia de Marx entende o homem como ser cujo entendimento teórico 1. é submetido ao tempo histórico e 2. que nunca se antecipará perfeitamente à realidade, admitindo a possibilidade de crítica e a possibilidade de erro.
Conspirações
Após o caso, várias teorias conspiratórias surgiram. Os familiares não tiveram acesso aos corpos dos seus entes queridos, que foram imediatamente cremados. Há relatos de várias drogas que seriam usadas no acampamento, sugerindo um grande programa de controle mental. Muitos relacionam esse caso com o projeto ULTRA-MK da CIA. Este projeto realmente existiu, mas até hoje não se pode comprovar a ligação dos fatos.
Na cultura
Jim Jones inspirou o humorista brasileiro Chico Anysio a criar o personagem Tim Tones, interpretado pelo próprio no seu programa Chico Anysio Show na Rede Globo.
Os Estados Unidos são berço desses tipos de seitas apocalípticas. Como Jim Jones, lá surgiram figuras carismáticas e loucas como David Koresh, John Withcapple, do Heaven's Gate, e o mais famoso de todos, o assassino psicopataCharles Manson.
Em uma sátira ao líder, surgiu o nome da banda americana de rock psicodélicoThe Brian Jonestown Massacre, unindo o primeiro nome à Brian Jones, primeiro guitarrista dos Rolling Stones, e Jonestown ao incidente ocorrido em 1978. Jim Jones também é citado e músicas como Ballad Of Jim Jones e Arkansas Revisited, assim como Charles Manson.
A banda de heavy metal Manowar compôs uma música baseada nos fatos ocorridos na Guiana,o nome da música é Guyana (Cult of the Damned).
A banda de heavy metal Francesa "Trust" em "Les sectes" compôs uma música a Jim Jones.