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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Como é feito um retrato falado?

As polícias usam softwares de manipulação de imagens para fazer os retratos falados de suspeitos de crimes. Na Polícia Civil de São Paulo, por exemplo, o programa usado é o famoso Photoshop. "Uma empresa americana veio nos oferecer um software de retrato falado, mas não havia rostos indígenas ou pardos, comuns na população brasileira", diz Sidney Barbosa, retratista da Delegacia Geral de Polícia, em São Paulo. Entre esses softwares específicos para descrições policiais, está o britânico EFIT-V, desenvolvido pela Universidade de Kent. O programa oferece várias opções de rostos inicialmente, e, em vez de ir acrescentando características, a testemunha vai eliminando as faces menos prováveis, até chegar ao semblante final. "As pessoas têm dificuldade em descrever faces com riqueza de detalhes e em identificar elementos isolados", diz Christopher Solomon, diretor da Visiometric, que desenvolveu o programa. Vale lembrar que os retratos falados não são provas definitivas em um inquérito. Como as vítimas estão sob trauma quando fazem as descrições, muitas vezes têm brancos ou exageram detalhes sob o impacto do crime, e o retrato nem sempre é fiel ao suspeito. (<_>)
As vítimas de crimes sexuais geralmente fornecem os retratos mais completos, já que esse tipo de crime dura mais que um assalto, por exemplo
QUEBRA-CABEÇA
Retratista junta partes do rosto até obter imagem do suspeito de crimes de autoria desconhecida
1- A vítima ou testemunha começa informando ao policial o sexo e a idade aproximada do suspeito. No banco de dados, geralmente há rostos de três faixas etárias: menores de 20 anos, adultos de 21 a 45 anos e maiores de 46 anos. Entre os mais jovens, o rosto ainda está em definição. Os adultos têm a face estável e, depois, começam a aparecer rugas e a expressão fica caída
2- No banco de dados, a vítima escolhe um dos rostos, divididos por etnia (brancos, pardos, negros, indígenas) e por formato (arrendondados, ovalados ou quadrados). Os rostos vêm vazios, com olhos, nariz e boca "apagados". O cabelo também é adicionado. Para engordar ou emagrecer um rosto, os retratistas usam ferramentas do Photoshop, como o filtro Liquify ("Dissolver")
3- O passo seguinte é escolher entre as opções de olhos e sobrancelhas. "Geralmente, essa é a etapa em que as testemunhas mais demoram", diz Sidney Barbosa. As mudanças nos olhos são sutis para quem descreve, mas a escolha do formato errado - pálpebras mais caídas, por exemplo - faz uma grande diferença no resultado final
4- A escolha do nariz entre as diversas opções do banco de dados é a etapa seguinte. Nessa fase, com o rosto já tomando forma, os retratistas já começam a uniformizar a cor da face - como cada parte veio de um arquivo diferente, uma ferramenta do Photoshop é usada para deixar a pele mais homogênea
5- Para completar o rosto, a boca é adicionada - se o suspeito for parente da Angelina Jolie, a boca também pode ser aumentada. O retratista também acrescenta eventuais barbas (desde as mais ralas às mais compridas) e formatos de bigode ao rosto do suspeito
6- O último passo é a colocação de "adornos". Os policiais têm bancos de dados com vários tipos de brincos, piercings, tatuagens, cicatrizes, covinhas, lábio leporino, falhas de dentição. E está pronto o retrato. "Ele serve mais para reduzir o universo de busca. Nunca vai ser 100% igual ao suspeito", afirma Sidney
PROCURA-SE
Retratistas "envelhecem" digitalmente fotos de desaparecidos
Um trabalho menos conhecido dos artistas forenses é fazer retratos atualizados de crianças desaparecidas. Com base em fotografias antigas e na aparência de familiares (mães, pais e irmãos), o retratista usa também o Photoshop para "envelhecer" a foto. Mas não é só a genética que conta. Os policiais entrevistam a família também para saber os hábitos da criança - se ela era desnutrida, por exemplo. Em São Paulo, há muitas crianças usuárias de crack que desapareceram. Nesse caso, diz Sidney Barbosa, o retratista tem que fazer um rosto bastante magro, resultado do uso da droga
Se você quer tentar fazer um retrato falado de um amigo, mas não manja de Photoshop, tente brincar neste site: http://flashface.ctapt.de
O software usado pela Polícia Federal brasileira é o Horus, que também fornece imagens coloridas e de alta resolução

Que tipos de pistas os peritos procuram na cena de um crime?

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Os bons investigadores vasculham tudo que ajude a descobrir a identidade de um suspeito, desde as pistas mais óbvias, como gotas de sangue, fios de cabelo e impressões digitais, até detalhes sutis da cena. É quase impossível o autor de um delito não deixar ao menos um rastro que auxilie os especialistas a seguir seus passos. "O local do crime é a última oportunidade de a vítima falar", afirma a perita Eliana Sarres Pessoa, do Departamento de Criminalística da Polícia Civil de Porto Alegre (RS). No caso de um assassinato, por exemplo, a vítima "fala" por meio da posição em que o corpo foi encontrado, das manchas no cadáver e de nacos de pele presentes sob as unhas, que podem indicar uma luta violenta. Claro que, isoladamente, um detalhe quase nunca esclarece o crime. Por isso, os investigadores consideram o conjunto de evidências. No exemplo de homicídio do infográfico ao lado, vamos supor que a vítima tenha sido morta com um tiro na nuca. Nessa situação, por mais que o corpo seja encontrado com a arma na mão, a hipótese de que a pessoa tenha se matado é improvável. A explicação mais lógica é que o verdadeiro autor dos disparos quis simular o suicídio para se livrar da culpa. Para dar conta de tantas minúcias, os peritos carregam uma arma indispensável: a câmera fotográfica. "A primeira coisa que um investigador faz no local do crime é parar na entrada e clicar tudo. Mesmo que um perito mais descuidado depois chute para longe uma bala de arma, por exemplo, é possível recuperar sua localização original com as fotografias", diz Eliana. Em alguns casos, entretanto, as dúvidas sobre a autoria e os motivos do crime continuam mesmo depois da coleta de todas as provas. Quando isso acontece, os especialistas recorrem a uma outra técnica de investigação: a reconstituição do crime, que confronta os depoimentos dos acusados e das testemunhas com o laudo dos investigadores.
Mergulhe nessa



Na internet:
www.apcf.org.br
http://people.howstuffworks.com/luminol2.htm
Quebra-cabeça policialFormato das gotas de sangue, rigidez do cadáver e outros detalhes ajudam na investigação
POSIÇÃO FINAL
Os investigadores examinam a posição do cadáver para saber se ela é compatível com o tiro recebido. Se os dados não baterem, eles checam se havia algum móvel que tenha atrapalhado a queda. Com essa técnica, a idéia é indicar se o corpo realmente sofreu o impacto previsto ou se foi "ajeitado" pelo suspeito antes de abandonar a cena do crime
TAMANHO É DOCUMENTO
O tamanho e o formato da gota de sangue indicam como ocorreu a agressão. Gotas arredondadas mostram que o sangue caiu de uma altura pequena — a vítima pode ter levado um tiro enquanto estava sentada ou abaixada. As gotas de formato irregular apontam que o sangue espirrou de uma altura maior — provavelmente, a vítima estava de pé
CRONOLOGIA MACABRA
Até três dias depois do assassinato, os peritos determinam o horário exato do crime. Eles observam a rigidez do cadáver (o corpo fica duro oito horas após a morte) e as manchas verdes que marcam o início da decomposição (após 24 horas). Depois de 72 horas, os investigadores procuram insetos e vermes decompositores. Examinando seu ciclo de reprodução, dá para estimar a hora em que o crime ocorreu
1. ESCUTA DIGITAL
Não é só por meio das digitais que se pode identificar um suspeito. A orelha impressa também exerce mais ou menos a mesma função. Isso porque o contorno do ouvido é único, revelando a identidade de um possível assassino que tenha escutado o walkman da vítima ou espionado por trás da porta
2. LENDO AS MÃOS
Além das digitais, as mãos também trazem outra pista importante: as unhas. Se elas estiverem quebradas, provavelmente houve briga antes do assassinato. Se a vítima tiver arranhado o agressor, pode ter ficado com restos de pele sob as unhas. Todos esses vestígios serão colhidos pelos peritos, que têm mais um material para o exame de DNA
FUGA DENUNCIADA
Uma porta arrombada indica que o assassino forçou a entrada no local. Mas e se ela estiver intacta? É hora de checar os detalhes, investigando, por exemplo, em qual lado ficou a chave. Se ela estiver por dentro, as suspeitas são que o criminoso tenha escapado pela porta — ou, ainda, que a vítima pode ter cometido suicídio
ALERTA VERMELHO
Com o sangue da vítima, dá para descobrir o código genético dela com um exame de DNA, além de saber se ela tomou álcool ou drogas. Mesmo que as manchas tenham sido eliminadas com água e sabão, dá para rastrear os vestígios com o chamado luminol, composto químico que reage com o ferro presente no sangue. Os peritos espalham o produto pelo chão e jogam luz ultravioleta, fazendo brilhar os locais onde havia sangue
VESTÍGIOS DA PANCADARIA
Quando a mobília da casa está toda bagunçada e há objetos quebrados, a dica para os investigadores é clara: é quase certo que houve uma tremenda briga antes do assassinato
ESTILHAÇOS SUSPEITOS
Uma janela quebrada mostra que o suspeito tentou invadir a cena do crime ou agredir a vítima, certo? Nem sempre. Pelo jeitão dos fragmentos, dá para saber em qual ângulo e em qual direção a janela foi quebrada. Se uma pedra estilhaçou o vidro a partir do lado de dentro, o assassino pode ter quebrado a janela para confundir os peritos


Como é a perícia de um crime?



Primeiro, isola-se a cena do crime para uma equipe coletar pistas do que ocorreu - nem a polícia entra antes dela. A natureza de cada crime altera os detalhes da perícia, mas os procedimentos gerais depois de isolar a cena são: observação, registro e coleta de evidências, análises laboratoriais das evidências e conclusão - laudo com listagem das pistas encontradas e possíveis associações entre elas. A operação é coordenada por um perito criminal, com a colaboração de especialistas. "Os laboratórios ajudam o perito a obter uma convicção técnica sobre o caso antes de redigir o laudo com sua conclusão", explica Francisco La Regina, perito do Instituto de Criminalística de São Paulo. O órgão, que faz todas as perícias do estado, tem mais de dez departamentos, especializados, cobrindo desde ocorrências de trânsito a falsificação de documentos. A perícia, no entanto, não interroga testemunhas nem suspeitos, como rola nos seriados da TV. Isso é papel dos investigadores de polícia.
Jogo de cena
Uma equipe de profissionais entra em cena para desvendar o crime enquanto a polícia assiste do lado de fora
TÁ LÁ O CORPO ESTENDIDO
Ainda na cena do crime, o perito faz um exame perinecroscópico: análise externa do cadáver e do que está ao seu redor. O local e a posição em que o corpo está e o tipo de lesões visíveis fornecem indícios a ser complementados pela autópsia (veja boxe ao lado)
CAÇA-PISTAS
O perito criminal chefia a equipe de perícia. Seu trabalho é encontrar e encaixar peças que remontem o quebra-cabeça do crime. Para isso, ele observa e anota detalhes da cena, o corpo e a presença de armas, de sinais de luta, de arrombamento etc., além de coletar vestígios
MALA DE UTILIDADES
O perito dispõe de acessórios para observar e coletar evidências. Luvas e jalecos evitam que ele "suje" a cena do crime. Luzes especiais realçam pistas discretas, como manchas de sangue apagadas ou resquícios de matéria orgânica
"OLHA O PASSARINHO"
O fotógrafo forense apoia a perícia registrando a cena sob direção do perito criminal - é ele quem indica o que deve ser fotografado e sob que ponto de vista. As fotos ilustram o relatório final e auxiliam na reconstituição do crime, quando necessário
RASTROS DO CRIME
Tudo que está na cena do crime pode fornecer pistas sobre o que rolou ali, desde a posição dos objetos até as dimensões do cômodo. A distribuição e a forma das gotas de sangue, por exemplo, podem indicar a direção de um tiro e a posição da vítima durante a ação
TOCOU, ASSINOU
O datiloscopista é um especialista em detectar e coletar "impressões latentes", ou seja, marcas de gordura deixadas pelo relevo da nossa pele em superfícies lisas. O procedimento básico da coleta é assoprar um pó sobre a digital, que adere à gordura e carimbar um papel especial
NINGUÉM ENTRA
O isolamento da cena do crime é fundamental para o trabalho da perícia. Quem cerca a área é a Polícia Militar que, geralmente, é quem recebe a ocorrência e chega primeiro ao local. A obrigação de isolar a cena está prevista até no Código Penal brasileiro
• Saquinhos usados na coleta de evidências têm lacres para garantir a integridade das pistas
• Padrões em manchas de sangue são medidos, indicando a posição da vítima ao ser atingida e até se o ferimento foi provocado por tiro ou facada
• As impressões mais comuns são as digitais, mas ranhuras do pé e até da lateral da mão são exclusivas de cada indivíduo e servem para identificar suspeitos
Corpo em evidência
Nos bastidores, médicos e dentistas especializados investigam cadáveres em busca de pistas
ABRE E FECHA
Se houver algum morto na cena, o corpo é encaminhado para um médico-legista fazer a autópsia - análise interna do cadáver - em busca das circunstâncias, da hora e da causa da morte
SÓ O PÓ
Se um corpo é queimado ou enterrado, antropólogos e odontologistas forenses entram em cena para identificá-lo usando o que sobrou dos ossos e da arcada dentária, respectivamente
PRAZO VENCIDO
Se o corpo estiver em decomposição, um entomólogo - especialista em insetos - entra em ação para estimar a época da morte pela quantidade e tipos de bichos no cadáver - ou no que restou dele

domingo, 9 de dezembro de 2012

Como se tornar um perito criminal?


No mês passado, falamos sobre a profissão de médico legista. Agora é a vez dos peritos, que também ajudam na investigação científica de crimes. "É uma área promissora", diz o perito José Domingos Moreira das Eiras, diretor do Instituto de Criminalística (IC) do Estado de São Paulo. Como mostram vários seriados de TV, os peritos vão aos locais de crimes para procurar vestígios que possam ajudar na investigação de um delito. Aqui vão algumas pistas para quem pretende seguir a carreira.
perito
FORMAÇÃO
Graduação e pós-graduação:
O perito precisa ter curso superior. A vantagem é que o diploma pode vir de várias áreas, como química, física, medicina e engenharia, entre outras
O que se aprende:
Qualquer que seja a faculdade escolhida não haverá uma disciplina específica sobre a área. Mas, como a investigação criminal científica é muito abrangente, vários conhecimentos adquiridos na graduação serão úteis na atuação profissional
Outros cursos:
Após se formar em um curso superior, é preciso prestar concurso público para trabalhar no IC de cada estado. Dentro do instituto, você faz o curso de formação técnico-pericial numa Academia de Polícia
TRABALHO
Área de atuação:
Os peritos trabalham nos ICs de cada estado
Dia-a-dia:
Um profissional do IC pode ser chamado para investigar as mais diferentes ocorrências, como um acidente de trânsito com vítimas, roubos, homicídios e até para analisar documentos ou verificar casos de explosões ou acidentes de trabalho. O perito precisa pesquisar muito e ser uma pessoa atenta a pequenos detalhes
Situação do mercado:
A procura pelos concursos públicos aumentou, até em função do sucesso dos seriados de TV sobre a profissão. O problema é que, em alguns estados, os concursos não acontecem com freqüência. Infelizmente, é um mercado em expansão por causa do aumento da criminalidade
O que vale mais a pena:
É uma profissão muito dinâmica, pois todos os dias ocorrem novos tipos de crimes e é necessário novas técnicas para desvendá-los
Por que pensar duas vezes:
A carreira exige muita dedicação e falta mais intercâmbio com outros países, que possuem técnicas de investigação mais avançadas
REMUNERAÇÃO
Salário inicial:
Entre 1 500 e 2 550 reais
Salário possível após dez anos:
Entre 5 mil e 7 mil reais

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Carreira – Perito Criminal



Conheça tudo sobre esta carreira, assista a estes três vídeos que irão mostrar com detalhes esta área tão pouco conhecida.

Carreira – Perito criminal (1/3)

Carreira – Perito criminal (2/3)

Carreira – Perito criminal (3/3)

Imagem: http://alicemarques.wordpress.com/2011/04/29/pericia-criminal/